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nossa agenda

Cia Brasileira de Ballet (CBB): Giselle

Posted on 21 de julho de 201328 de junho de 2015 by Ana Silverio
21
jul

Dias 27 e 28 de junho, no Sesc Palladium de Belo Horizonte, fui assis­tir às apre­sen­ta­ções da Cia Brasileira de Ballet, sob a dire­ção de Jorge Texeira.




A CBB é for­mada por bai­la­ri­nos jovens, talen­to­sos e muito téc­ni­cos. Pode-se dizer, acre­dito eu, que hoje a CBB é a segunda mais impor­tante Cia de dança clás­sica do país.

De iní­cio, gos­ta­ria de para­be­ni­zar e res­sal­tar o exce­lente tra­ba­lho de Tadheo de Carvalho e Lorena Boaventura, pro­fes­so­res e ensai­a­do­res da Cia. É na dança do corpo de baile que vimos com mais cla­reza o tra­ba­lho dos ensai­a­do­res, então, digo, com sin­ce­ri­dade e orgu­lho, que os dois fize­ram um tra­ba­lho sur­pre­en­dente e maravilhoso!

A CBB não se fixou em nenhuma ver­são já remon­tada da obra. Ela se baseou em várias, seguindo delas o que achava melhor. Isso demons­tra o tra­ba­lho com estudo e pes­quisa feito pelo dire­tor Texeira, e pelo coreó­grafo Henrique Talmah. Qualidades essên­cias, a meu ver, para a cri­a­ção de qual­quer obra, seja ela uma remon­ta­gem his­tó­rica ou um novo espetáculo.

Nos dois dias de espe­tá­culo na capi­tal mineira, vi solis­tas com­ple­ta­mente dife­ren­tes uns dos outros, mas da mesma forma, fiel ao per­so­na­gem inter­pre­tado. Giselle é um bal­let muito com­plexo e cheio de nuan­ces, por isso, podem exis­tir várias for­mas dife­ren­tes de inter­pre­ta­ção do mesmo momento.

No pri­meiro dia, Giselle, inter­pre­tada por Luciana David, tinha um tem­pe­ra­mento mais forte, era a cam­po­nesa que sabia exa­ta­mente o que quer. Hilarion, vivido por Johnny Almeida, me lem­brou a mesma ideia vista por Mats Ek na sua remon­ta­gem con­tem­po­râ­nea, ou seja, um jovem com­ple­ta­mente apai­xo­nado, que não con­se­guia enten­der o que pas­sava na cabeça de sua amada, e muito menos suas ações, por isso, por vezes, pare­ceu agres­sivo com ela. Tudo jus­ti­fi­cá­vel pelo libreto. Já Albrecht, na inter­pre­ta­ção de Gustavo Carvalho, um jovem real­mente apai­xo­nado e doce. O seu com­pro­me­ti­mento com Bathilda apa­ren­tou mera obri­ga­ção, mas os seus sen­ti­men­tos per­ten­ciam à jovem cam­po­nesa. Myrtha, Joyce Liziane, foi uma rai­nha auto­ri­tá­ria, onde nada acon­te­cia sem o seu aval ou ordem.

No segundo dia, Melissa de Oliveira ele­vou a doçura de sua per­so­na­gem, Giselle. Hilarion foi um cava­lheiro perante as encru­zi­lha­das de seu des­tino. Albrecht, na inter­pre­ta­ção de Mozart Mizuyama, repre­sen­tou um duque, amante de Giselle, sem­pre ciente que estava enga­nando a pobre cam­po­nesa, e apa­ren­tou até um diver­ti­mento com tal situ­a­ção. Já Myrtha, Lis Sayão, foi bem menos auto­ri­tá­ria, dando mais espa­ços para a pro­je­ção de todas as outras Wilis.

Quero dizer que fiquei muito orgu­lhosa, como bra­si­leira, de ver o tra­ba­lho desta jovem com­pa­nhia. Jovem, não pela sua his­tó­ria, mas pelo seu elenco. É muito bom ver uma cia bra­si­leira de dança clás­sica cres­cer e se pro­je­tar para o cená­rio mun­dial. Quero ver a CBB res­pei­tada no mundo como uma grande Cia. Por isso, sinto-me a von­tade para fazer algu­mas crí­ti­cas que espero ser com­pre­en­dida como posi­ti­vas, pois esta é a minha intenção.

Quero cha­mar a aten­ção dos bai­la­ri­nos para um fato: As pan­to­mi­mas são o bal­let. Principalmente nos bal­lets do período român­tico. As dan­ças fazem parte do pre­en­chi­mento esté­tico e ale­gó­rico, mas as pan­to­mi­mas, estas sim, são o Ballet, e não podem ser pas­sa­das sem ênfa­ses. Os ensai­a­do­res deram ênfase nas pan­to­mi­mas, mas os bai­la­ri­nos, durante as duas apre­sen­ta­ções que tive a feli­ci­dade de assis­tir, por serem muito jovens, pas­sa­ram por elas como parte da core­o­gra­fia, quando na ver­dade, são elas que jus­ti­fi­cam a razão de ser das coreografias.

Essa ênfase no ele­mento move­dor do enredo engran­dece o intér­prete, a com­pa­nhia e o espe­tá­culo. Ela dá o suporte emo­ci­o­nal para que os bai­la­ri­nos inter­pre­tem todas as dan­ças, sola­das ou de gru­pos.
Continuando a falar sobre ênfa­ses (e a falta delas), exis­ti­ram momen­tos onde, devido ao vigor físico, na von­tade de ele­var um pouco mais a perna, fazer um salto um pouco mais alto, girar uma pirou­ette a mais ou ficar um pouco mais no equi­lí­brio, os acen­tos musi­cais não foram tra­ba­lha­dos cor­re­ta­mente. Assim a inter­pre­ta­ção vai dando lugar à exe­cu­ção, pois o bai­la­rino, na minha opi­nião, não pode “dan­çar” a música, ele deve “ser” a música. Por isso a uti­li­za­ção de leit­mo­tifs (inclu­sive, Giselle foi o pri­meiro bal­let a usar desta vali­osa ideia, que já vinha sendo uti­li­zada nas óperas).

O último ponto sobre o qual gos­ta­ria de falar é sobre o figu­rino de Bathilde. O ves­tido é mara­vi­lhoso! Lindo! Rico! Mas, penso que mais apro­pri­ado para uma nobre ves­tir em um baile do que para acom­pa­nhar uma comi­tiva na caça.

Fora isso, os figu­ri­nos esta­vam como devem ser: boni­tos, bem fei­tos, de acordo com cada per­so­na­gem, que cha­mam a aten­ção, mas não mais do que quem o veste.
Queria, mais uma vez, res­sal­tar o exce­lente tra­ba­lho de Lorena Boaventura e Tadheo de Carvalho, os ensai­a­do­res. E para­be­ni­zar a todos! Principalmente Jorge Texeira, maior res­pon­sá­vel pelo grande espe­tá­culo que tive a feli­ci­dade de assistir.

Agradeço a todos, não só pelo que vi, mas pelo que vocês come­çam a repre­sen­tar. Representar do Brasil para o mundo. Torço pelo sucesso e cres­ci­mento pro­fis­si­o­nal da CBB e seus bai­la­ri­nos. Temos Cias de tea­tro e dança con­tem­po­râ­nea, que já con­se­gui­ram esse res­peito e reco­nhe­ci­mento inter­na­ci­o­nal. Temos bai­la­ri­nos clás­si­cos dis­per­sos pelo mundo, que tam­bém con­se­gui­ram o que mere­ciam. Falta agora uma Cia de bal­let clássico.

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Ana Silverio

Ana Silvério é professora, bailarina e coreógrafa. Formada em Coreografia, metodologia e Pedagogia em Dança pela Universidade Humanitária Sindical de São Petersburgo na Rússia, Ana foi premiada em festivais não apenas naquele país, como também no Brasil. Trabalhou em diferentes países da Europa e atuou como jurada em diversos Festivais Internacionais de Dança.

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