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universo da dança

Maurice Béjart (1927-2007)

Posted on 24 de junho de 201530 de junho de 2015 by Izabel Costa
24
jun

“Dança não se aprende nos livros: é um ensino cal­cado no ensino. São cor­pos que con­fiam segre­dos a outros cor­pos. Não segre­dos difu­sos, mas uma ciên­cia, a dos músculos.”

“Para mim, meu pri­meiro balé foi Symphonie pour um Homme Seul.1955. Foi feita sob música for­mi­dá­vel, impres­si­o­nante, violenta”.

Nasceu Maurice Berger, filho do filó­sofo Gaston Berger, do qual foi muito pró­ximo, estando sem­pre rode­ado de inte­lec­tu­ais e artis­tas. Seu nome artís­tico é uma home­na­gem á Molière, pois Béjart era o nome da mulher do famoso dra­ma­turgo. Fascinado por um reci­tal de Serge Lifar, um dos mai­o­res bai­la­ri­nos do século 20, deci­diu por consagrar-se intei­ra­mente à Dança, desde jovem, muito jovem. Fez-se bai­la­rino e coreó­grafo simul­ta­ne­a­mente, e várias de suas obras core­o­grá­fi­cas foram dan­ça­das pri­meiro por ele . Formou duas impor­tan­tes com­pa­nhias de dança na França: Ballet de l’Etoile e Ballet Theatre de Paris. Usou a téc­nica clás­sica como base de seu tra­ba­lho mas, nunca se fechou a nenhum movi­mento de fato con­tri­bu­tivo para a orqués­tica, sejam os de van­guarda, sejam os tradicionais.

Em 1959, foi con­vi­dado por Mauricio Huisman, dire­tor do Theatre Royal de la Monnaie, de Bruxelas, para o desa­fio de mon­tar uma nova ver­são core­o­grá­fica do já céle­bre balé Sagração da Primavera (Nijinsky-Stravinsky), com elenco for­mado por sua com­pa­nhia e a do Teatro, que aca­bou resul­tando em uma nova e defi­ni­tiva com­pa­nhia sob a sua dire­ção: o Ballet du XXe siè­cle, que che­gou a ter um elenco per­ma­nente de 90 bai­la­ri­nos pro­fis­si­o­nais, com dedi­ca­ção exclu­siva, e, entre os seus mai­o­res momen­tos, levou à cena Missa para um tempo pre­sente, Nona Sinfonia (Beethoven), Pássaro de Fogo,Bolero (Ravel) entre mui­tos mais.

Béjart tra­ba­lhava a dança como a con­fi­gu­ra­ção e a rea­li­za­ção cênica da música, o que o levava a um per­ma­nente con­tato com os com­po­si­to­res de van­guarda de sua época, como Pierre Henry, Pierre Boulez, Stokhausen, e o nosso grande Villa-Lobos (L’Etranger), além do já citado Stravinsky e mui­tos outros. Coreografou tam­bém obras de Mozart, Bach, Malher, Vivaldi, Chopin, Beethoven, Ravel e músi­cas tra­di­ci­o­nais de vários paí­ses e culturas.

Amava os bai­la­ri­nos e cri­ava para a per­so­na­li­dade artís­tica de cada um dos prin­ci­pais talen­tos com quem tra­ba­lhava, elevando-os, quase sem­pre à con­di­ção de estre­las inter­na­ci­o­nais da dança.. Notáveis foram os casos de Jorge Donn, das bra­si­lei­ras Laura Proença, Aurea Hammerli e Jania Batista, e dos bai­la­ri­nos Suzanne Farrell, Tânia Bari, Tessa Beaumont, Michele Seigneuret Rita Poelvoorde, Shonach Mirk, Gil Romain, Patrick Belda, Germinal Casado, Jean Babillé, para ficar­mos só nos mais conhe­ci­dos. Coreografava tam­bém para gran­des estre­las da dança, já con­sa­gra­das, como Nureyev, Márcia Haydee, Maya Plissetskaya, Sylvie Guillem, Marie Claude Pietragala e Barishnikov.

“Ser tra­di­ci­o­nal é a pior das coi­sas, quando deve­ria ser um elo­gio! Tradição é pes­quisa. Ou seja, a trans­mis­são, atra­vés dos tem­pos, de cer­tos fatos e ati­tu­des. O que não deve ser insí­pido: trans­mi­tir a men­sa­gem dos cri­a­do­res do pas­sado é fazer como eles, e o que fize­ram eles? Procuraram, arris­ca­ram, rebelaram-se, eram fre­quen­te­mente mal vis­tos ou mal­di­tos. Jamais copi­a­ram. Beethoven não copiou Mozart, Schubert não copiou Beethoven, Wagner não copiou Schubert. Cada um deles estu­dou e amou seus pre­de­ces­so­res, e pro­cu­rou , atra­vés dos exem­plos, ir mais longe: não mais longe que os outros, mas mais longe que eles mesmos.”

Professor por natu­reza, em 1970 Béjart fun­dou a escola Mudra em Bruxelas e, sete anos mais tarde em Dacar. Em 1992 nas­cia em Lausanne a escola Rudra. Visando a “redes­co­brir a essên­cia da inter­pre­ta­ção” a com­pa­nhia foi esta­be­le­cida em cerca de trinta bailarinos.Atualmente metade dos bai­la­ri­nos do “Béjart Ballet Lausanne” vem do Rudra.

Deixou-nos um port­fó­lio majes­toso, em qua­li­dade e em quan­ti­dade, de rea­li­za­ções core­o­grá­fi­cas abor­dando temá­ti­cas as mais diver­sas, sem­pre muito nobres e revo­lu­ci­o­ná­rias, fos­sem elas his­tó­ri­cas ou con­tem­po­râ­neas, mui­tas das quais se tor­na­ram refe­rên­cias mun­di­ais na Arte da Dança. Trabalhou até o seu último sor­riso, em plena rea­li­za­ção de uma super-produção inti­tu­lada A Volta ao Mundo em 80 minu­tos, cri­ada como uma sín­tese cul­tu­ral da dança da arte e em retros­pecto à sua prór­pia obra, rea­li­zada pela sua atual e der­ra­deira com­pa­nhia de Dança Béjart Ballet Lausanne, na Suíça.

Com a morte de Bejart, Gil Romain, então dire­tor adjunto, assu­miu a dire­ção da Companhia que estreou, em dezem­bro de 2007, na Suíça, A Volta ao Mundo em 80 minu­tos. Oxalá venham ao Brasil. Tive o pri­vi­lé­gio de ver ao vivo vários espe­tá­cu­los de Béjart, que muito me emo­ci­o­na­ram, de ficar arre­pi­ada. Desde a década de 70 acom­pa­nho sua obra, quando tinha de ir ao Rio para ver seus espe­tá­cu­los e, depois, aqui mesmo, onde vi, em 1997, a per­for­mance de Gil Romain em Adagietto, de Malher (já a conhe­cia com Jorge Donn, e Gil Romain é tão des­lum­brante como Donn). Sagração e Bolero, dan­ça­dos pelo Ballet de Tóquio, no Palácio das Artes, em 1998, me dei­xa­ram mar­cas inde­lé­veis. O público levantou-se em aplau­sos emo­ci­o­na­dos, ver­da­dei­ros, de cora­ção aberto, e não como agora, quando se aplaude de pé qual­quer bobagem.

Em 2003, ví Madre Tereza e as cri­an­ças do mundo,( nova com­pa­nhia com intér­pre­tes muito jovens) com a bra­si­leira Márcia Haydée, uma pre­sença forte e expres­siva no alto de seus 63 anos – mara­vi­lhosa! – con­tra­ce­nando com o jovem cari­oca William Pedro, sobre o qual disse Béjart: “A per­fo­mance de William Pedro é um ver­da­deiro triunfo. Esse jovem bra­si­leiro negro, de olhos bri­lhan­tes, com um sor­riso desar­mante, é tão irre­sis­tí­vel no Papageno de Mozart quanto em Cherubino, em dueto com a encan­ta­dora Luciana Croatto.”

Originalmente publicado no jor­nal O Cometa Itabirano

Foto: Ara Guler 

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Izabel Costa

Artista da Dança com mais de 40 anos de atuação como bailarina, pesquisadora, coreógrafa, diretora de espetáculos, professora e militante da resistência cultural, foi a fundadora do Grupo Corpo em 1975, o qual dirigiu até 1984 quando se mudou para São Paulo como convidada do mestre Klauss Vianna para uma pesquisa do CNPq. Desde então desenvolve trabalhos a partir de manifestações populares e eruditas e de legados de artistas como Eros Volúsia e Isadora Duncan. Atuou nos principais papéis de grandes espetáculos como Maria Maria (coreog. Oscar Araiz – de 1976 a 1979), Dã Dá Corpo (coreog. Klauss Vianna - 1987), Sete Danças para Villa-Lobos (coreog. Oscar Araiz - 1994) e Paisagens Imaginárias (coreog. Izabel Costa - 2005), além de atuações em cinema, teatro, vídeos, festivais e outras performances artísticas. Desde 1999, ministra aulas e workshops em seu Studio Izabel Costa (Belo Horizonte) onde defende a cultura brasileira como uma cultura vocacionada principalmente para a Dança.

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