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universo da dança

Capoeira – Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade

Posted on 1 de dezembro de 20141 de julho de 2015 by Ana Silverio
01
dez

Na quarta-feira da semana pas­sada, dia 26 de Novembro de 2014, a Roda de Capoeira foi con­si­de­rada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O título é con­fe­rido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). A vota­ção ocor­reu durante a 9ª ses­são do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial. A reu­nião da UNESCO acon­te­ceu entre os dias 24 e 28/11, na sede da Organização, em Paris.

O título é con­fe­rido a expres­sões de vida e tra­di­ções que ances­trais pas­sam para seus des­cen­den­tes, de todas as par­tes do mundo. A comu­ni­dade inter­na­ci­o­nal ado­tou a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial em 2003 e, deste então, outras qua­tro tra­di­ções bra­si­lei­ras já foram agra­ci­a­das. A Arte Kusiwa — téc­nica de pin­tura e arte grá­fica pró­pria da popu­la­ção indí­gena Wajãpi, do Amapá, rece­beu o título em 2003. O Samba de Roda do Recôncavo Baiano (BA) em 2005, o Frevo (PE) em 2012 e o Círio de Nazaré (PA), que teve a ins­cri­ção feita no iní­cio de Dezembro do ano pas­sado e rece­beu o título, ofi­ci­al­mente, no pri­meiro dia da pro­cis­são deste ano, em 7 de Outubro de 2014.

A Roda de Capoeira é uma das mani­fes­ta­ções cul­tu­rais bra­si­lei­ras mais conhe­ci­das e pra­ti­ca­das no mundo. A prá­tica afro-brasileira é um mis­tura de arte mar­cial, esporte, dança, música e acro­ba­cia. Segundo infor­ma­ções do pró­prio Ministério da Cultura, a Capoeira é pra­ti­cada em mais de 160 paí­ses dos cinco continentes.

A ori­gem da Capoeira e da sua Etimologia é termo de dis­cor­dân­cia entre vários his­to­ri­a­do­res. O que se sabe é que os pri­mei­ros regis­tros da prá­tica come­ça­ram a apa­re­cer em Salvador, Rio de Janeiro e Recife no Séc. XVIII, mas acredita-se que a prá­tica vem desde o século XVII.

A his­tó­ria que mais conhe­ce­mos é a de que a capo­eira sur­giu em meio às humi­lha­ções, maus tra­tos, vio­lên­cia e con­di­ções desu­ma­nas às quais os escra­vos eram sub­me­ti­dos. A prá­tica era uma forma de treino para o com­bate, uma espe­rança de liber­dade e sobrevivência.

Para dis­far­çar o trei­na­mento de uma arte mar­cial, a capo­eira foi desen­vol­vida como uma falsa dança. Os pra­ti­can­tes a faziam den­tro de uma roda onde os seus com­pa­nhei­ros can­ta­vam e batiam pal­mas. Os gol­pes e “esqui­vas” (movi­men­tos de fuga de gol­pes) acon­te­ciam entre movi­men­tos dessa “falsa dança”, que seria o iní­cio do que hoje é cha­mado de ginga. Esse movi­mento, se o ana­li­sar­mos, é uma estra­té­gia de com­bate, pois não ofe­rece ao opo­nente um alvo fixo.

Em 1482, Portugal começa a inva­dir o que hoje é Angola. Já naquela época, exis­tia uma tra­di­ção entre os pas­to­res do sul, que cele­bra­vam a ini­ci­a­ção das jovens à vida adulta em uma cerimô­nia, um tipo de “festa de debu­tante”. Dentro dessa cerimô­nia, os homens dis­pu­ta­vam uma com­pe­ti­ção ao som de ata­ba­ques. O obje­tivo do “jogo” era con­se­guir encos­tar o pé na cabeça do adver­sá­rio, ganhava quem o fizesse. Como prê­mio, o ven­ce­dor tinha o direito de esco­lher uma noiva entre as que esta­vam sendo ini­ci­a­das à vida adulta, sem ter que pagar o dote.

Esta tra­di­ção, ou moda­li­dade de luta, foi expor­tada para o Brasil junto com os escra­vos. Durante o impé­rio, em alguns locais, a popu­la­ção se refe­ria ao jogo de Capoeira como “brin­car ou jogar de Angola”.

Uma das teo­rias exis­ten­tes sobre o sur­gi­mento da pala­vra Capoeira, afirma que ela vem do Tupi Kapu’era. Ka’a sig­ni­fica mata, e pûera – que foi, por­tanto, “o que foi mata”. Ou seja, os locais de vege­ta­ção ras­teira onde supos­ta­mente os escra­vos se encon­tra­vam para a prá­tica da capo­eira. Esses locais eram uti­li­za­dos pelos índios para a agri­cul­tura e nor­mal­mente se encon­tra­vam ao redor das gran­des fazen­das de cana-de-açúcar, prin­ci­pal ati­vi­dade econô­mica da colô­nia na época.

Devido à enorme quan­ti­dade de fuga de escra­vos, da difi­cul­dade em capturá-los e da força quase mili­tar que a Capoeira adqui­riu nos Quilombos (assen­ta­men­tos dos escra­vos fora­gi­dos e outros povos e pes­soas que fugiam da repres­são colo­nial), na por­ta­ria de 31 de Outubro de 1821, o governo esta­be­le­ceu cas­ti­gos cor­po­rais seve­ros e outras medi­das de repres­são à prá­tica da capoeira.

Em 13 de Maio de 1888, o par­la­mento san­ci­o­nou a lei Áurea, que foi assi­nada pela Princesa Isabel. A lei abo­liu a escra­vi­dão no país, com isso, os negros foram aban­do­na­dos à pró­pria sorte, sem tra­ba­lho, mora­dia e com o des­prezo da soci­e­dade. Logo, grande parte dos negros foi mar­gi­na­li­zada, e com eles a capo­eira. Inevitavelmente, alguns come­ça­ram a fazer uso da téc­nica em tra­ba­lhos como guarda-costas, capan­gas, mer­ce­ná­rios e assas­si­nos de aluguel.

A então capi­tal da repú­blica, o Rio de Janeiro, era ate­mo­ri­zada por gru­pos de capo­ei­ris­tas conhe­ci­dos como Maltas. Em 1890, a República Brasileira, por Decreto, asso­ciou a Capoeira ao pri­meiro crime do Código Penal Brasileiro (com pena que pode­ria levar de dois a seis meses de reclu­são), proi­bindo e cri­mi­na­li­zando a sua prá­tica. Essa proi­bi­ção só foi total­mente revo­gada em 1940, quando a pala­vra capo­eira foi reti­rada do Código Penal Brasileiro.

Em 1932, Mestre Bimba fun­dou em Salvador a pri­meira aca­de­mia de Capoeira da his­tó­ria. Ele desen­vol­veu um dos pri­mei­ros méto­dos sis­te­ma­ti­za­dos de trei­na­mento, chamando-o de Luta Regional Baiana (já que a capo­eira ainda era proi­bida), um estilo de capo­eira com maior foco no marcial.

A Capoeira Angola é o estilo mais tra­di­ci­o­nal da Capoeira. Envolve a malí­cia, a malan­dra­gem, a impre­vi­si­bi­li­dade, com carac­te­rís­ti­cas de dis­si­mu­la­ção, brin­ca­dei­ras e até de tea­tra­li­za­ção, todo o neces­sá­rio para ven­cer seu oponente.

Vídeo: “Paz no mundo Camará: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá”, de Carem Abreu.

Fontes: Sites do Ministério da Cultura, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Wikipedia, Revista de História da Biblioteca Nacional, site do Governo de Angola e tra­ba­lho de Ferreira, B.S.: “Imagens da capo­eira do século XIX”, de onde foram tira­das todas as imagens.

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Ana Silverio

Ana Silvério é professora, bailarina e coreógrafa. Formada em Coreografia, metodologia e Pedagogia em Dança pela Universidade Humanitária Sindical de São Petersburgo na Rússia, Ana foi premiada em festivais não apenas naquele país, como também no Brasil. Trabalhou em diferentes países da Europa e atuou como jurada em diversos Festivais Internacionais de Dança.

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