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história da dança

“Giselle” – Ballet do Teatro Scala de Milão

Posted on 25 de julho de 201228 de junho de 2015 by Ana Silverio

O Corpo de Baile do Teatro Scala de Milão sem­pre foi, desde a sua cri­a­ção em 1813, uma das com­pa­nhias mais res­pei­ta­das de reper­tó­rio clás­sico do mundo. A Companhia teve um “apa­ga­mento” do seu bri­lho durante mais de duas déca­das, e foi para rever­ter essa situ­a­ção que, em 2009, o russo Makhar Vaziev, então dire­tor artís­tico do Corpo de Baile do Teatro Mariinsky (mais conhe­cido no Brasil com o nome antigo — Kirov) foi con­vi­dado para diri­gir a Companhia.

Antes de ir ao Teatro Municipal, li algu­mas crí­ti­cas que saí­ram nos jor­nais cari­o­cas sobre o assunto. O que mais me cha­mou a aten­ção foi o fato de todos tra­ze­rem uma ênfase enorme para o tra­ba­lho do dire­tor, ao invés de focar na crí­tica do bal­let, o que não é muito comum. Por exem­plo: quando o Kirov veio ao Brasil, as crí­ti­cas fica­ram na “Companhia”, com o The Nederlands Dans Theater fala­vam sobre o tra­ba­lho core­o­grá­fico acima de tudo. Já com o Scala, como disse antes, a crí­tica focou no Diretor.  E com razão. Após assis­tir pude tirar as minhas pró­prias con­clu­sões. Vê-se no palco o exce­lente tra­ba­lho do “todo”, que é, claro, tra­ba­lho de dire­ção de Makhar Vaziev.

A escola ita­li­ana de Ballet, ou Método Cecchetti de Ensino da Dança Clássica, sem­pre foi conhe­cida e reno­mada pela agi­li­dade no movi­mento das per­nas, prin­ci­pal­mente nos sal­tos e nos pas com grande efeito visual. Recebendo, por vezes, crí­ti­cas onde diziam fal­tar “poe­sia” na inter­pre­ta­ção de alguns per­so­na­gens român­ti­cos — por causa dos movi­men­tos brus­cos.  Após dois anos sob comando de um russo, o Corpo de Baile ita­li­ano hoje apre­senta uma influên­cia do método Vaganova, vista prin­ci­pal­mente nos movi­men­tos mais con­tro­la­dos e expres­si­vos das linhas dos bra­ços, que é uma das carac­te­rís­ti­cas do método russo.

A pró­pria ver­são apre­sen­tada na turnê bra­si­leira para os públi­cos Goiano, Mineiro, Paulista e Carioca é dife­rente da ver­são que o Scala apre­sen­tava no tempo da sua grande estrela Carla Fracci, e quem conhece a ver­são em que o Mariinky apre­senta Giselle, per­cebe as influências.

Na noite de sexta-feira, dia 20 de Julho, em que tive o pra­zer de assis­tir o espe­tá­culo, Petra Conti inter­pre­tou Giselle, Claudio Coviello o Príncipe Albrecht, o Pas de Deux Camponês foi dan­çado por Denise Gazzo e Frederico Fresi e Myrtha foi vivida por Alessandra Vassalo.

A supe­ri­o­ri­dade dos homens era vista em todos os momen­tos. Petra Conti, com toda a sua téc­nica clara, exata e segura, sus­ten­tou seu per­so­na­gem bem até o momento que ela era uma moça român­tica, ingê­nua e apai­xo­nada, mas per­deu o seu bri­lho quase que por com­pleto na Grand Scene onde a per­so­na­gem enlou­quece. Culpa da falta de matu­ri­dade como escreve Silvia Soter? Pode ser. Mas às vezes a falta de matu­ri­dade de uma jovem bai­la­rina na cena da lou­cura, sobra nas bai­la­ri­nas expe­ri­en­tes na inter­pre­ta­ção da inge­nui­dade do iní­cio do I Ato.

O que senti da lou­cura de Giselle, é que Petra Conti quis pas­sar a ima­gem de uma pes­soa que fica com­ple­ta­mente pasma e per­plexa quando des­co­bre a ver­dade sobre o seu amado. Mas o pasmo e a per­ple­xi­dade, a meu ver, são sen­ti­men­tos que exi­gem mais do tra­ba­lho facial que cor­po­ral. A par­tir daí passo a con­cor­dar que a falta de matu­ri­dade tem seu lugar, pois em um tea­tro grande como o muni­ci­pal do Rio, e o pró­prio Scala, pouquís­si­mos luga­res na pla­teia dariam a pos­si­bi­li­dade de obser­var deta­lha­da­mente a expres­são do rosto da bai­la­rina, enquanto o resto do tea­tro ape­nas veria uma bai­la­rina “parada”. Falando da inter­pre­ta­ção de gran­des bai­la­ri­nas ita­li­a­nas, temos a “decep­ção” demons­trada pela Giselle de Fracci e o “deses­pero” da Giselle de Ferri, sen­ti­men­tos que exi­gem muito tra­ba­lho cor­po­ral, além, claro, do facial.

Ainda no I Ato, devo falar da sur­pre­en­dente atu­a­ção de Frederico Fresi, que dan­çando ao lado de Denise Gazzo, foi tal­vez o maior bri­lho da noite. Com cada passo demar­cado nas col­cheias da par­ti­tura, a sua musi­ca­li­dade foi tama­nha, que foi sen­tida até na respiração.

No II Ato os heróis demons­tra­ram bas­tante sin­to­nia. Alessandra Vassalo sofreu um pequeno dese­qui­lí­brio no iní­cio, deixando-a inse­gura visi­vel­mente por algum tempo, mas se recu­pe­rando depois.

Com cer­teza essa não foi a melhor repre­sen­ta­ção de Giselle que vi. Um ponto que foi visto e inco­mo­dou tan­tos espec­ta­do­res, foi a falta de homo­ge­nei­dade téc­nica entre os bai­la­ri­nos, e a dife­rença entre o bio­tipo físico deles. Mas isso tam­bém acon­tece no Brasil. As nos­sas Companhias são for­ma­das basi­ca­mente por bai­la­ri­nos vin­dos de dife­ren­tes esta­dos e pro­fes­so­res, e para mim, isso foi uma lição ins­pi­ra­dora que é pos­sí­vel, ape­sar des­sas dife­ren­ças, fazer um espe­tá­culo de alto nível e exi­gir do corpo de baile que este seja real­mente um único corpo, e isso Makhar Vaziev con­se­guiu fazer com maestria.

Por fim, gos­ta­ria de para­be­ni­zar a equipe da Dell’Arte pelo tra­ba­lho desen­vol­vido na pro­du­ção cul­tu­ral, pro­por­ci­o­nando ao público bra­si­leiro a pos­si­bi­li­dade de assis­tir nomes con­sa­gra­dos da arte mundial.

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Ana Silverio

Ana Silvério é professora, bailarina e coreógrafa. Formada em Coreografia, metodologia e Pedagogia em Dança pela Universidade Humanitária Sindical de São Petersburgo na Rússia, Ana foi premiada em festivais não apenas naquele país, como também no Brasil. Trabalhou em diferentes países da Europa e atuou como jurada em diversos Festivais Internacionais de Dança.

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