E finalmente chegou a minha vez de dançar um solo. Acho que a ficha ainda não caiu… rs Estou muito feliz em poder dividir essa notícia com vocês, minhas amigas leitoras, queridas ballerinas, que sempre acompanharam meus dramas, desafios e pequenas vitórias. ☺ A decisão de eu dançar um solo não foi por preferência. rs Mas sim porque eu, Reginaldo e Ana somos os 3 alunos de uma turma de 7 que mais comparecem às aulas. Muitas vezes, somos os únicos que comparecem. Não por desinteresse das outras alunas, mas porque suas vidas estão complicadas e não conseguem dar conta de ir — e eu sei bem o que é isso… Felizmente, esse ano eu estou conseguindo ser bem aplicada e minha professora resolveu dar um solo de presente para nós três, visto que não vai conseguir montar uma coreografia pra uma turma. And it gets better: nós podemos escolher o solo. Se vocês acompanham esse blog desde o início, já sabem qual é o meu tão sonhado, certo? rs A variação da princesa Florine, de A Bela Adormecida.
Eu uma vez postei sobre a variação do Cupido (de Don Quixote) vs a variação da Florine (de A Bela Adormecida) por aqui e o post gerou opiniões divididas a respeito de qual seria a mais fácil de dançar. Infelizmente, o vídeo com a Sarah Lamb foi retirado do ar e não o encontrei no perfil do Royal Opera House. Porém, encontrei esse, com a Yuhui Choe, dançando a mesma variação que tanto amo. Eu não sei exatamente quando minha fascinação por esse solo surgiu. Afnal, ele nem é um dos mais famosos… Mas eu simplesmente amo sua delicadeza, simplicidade e graça. A Bela Adormecida é um dos meus ballets favoritos e logo quando comecei a dançar, esse foi um dos primeiros que assisti. Talvez por isso seja tão querido na minha memória. Eu sempre tive certa preferência pelo Royal Ballet, de Londres, suas montagens e bailarinas: Alina Cojocaru, Marianela Núñez, Sarah Lamb… E por isso, prefiro essa variação acima, que já decorei na minha mente faz alguns anos. Mas existem outras tão bonitas quanto. A minha professora disse para pesquisarmos e sugeriu também algumas opções, como A morte do Cisne. Bem mais dramática, ela requer uma boa interpretação. A interpretação é praticamente metade do solo, não é mesmo? Mas esse não é o meu forte.
A verdade é que o pássaro azul e Florine já conquistaram meu coração e eu espero anos pra poder me aventurar nesse solo. Não só por isso: ele também é um pouco mais fácil de se executar do que outros que assisti. Ainda não consigo dar mais de um giro ou pirueta direto e a variação da princesa Florine contém alguns passos que, com bastante ensaio, eu consigo fazer, pois já são meus pontos fortes nas aulas. Afinal, não adianta ir com muita sede ao pote e cometer a loucura de escolher um solo cheio de passos que não vou conseguir aprender a tempo do meio do ano. É melhor optar pelo mais simples e dançar lindamente, certo?
Pois bem, está escolhido! Princesa Florine it is. Já estava escolhido desde que comecei a dançar. Esse solo é o meu solo e vou consegui! Vocês vão acompanhar tudo, prometo.