Atendendo a pedidos, muito válidos e interessantes por sinal, começo a partir de hoje, uma série de posts dedicados ao balé de repertório, focando na história de cada um deles.
Mas antes, penso ser de suma importância escrever sobre a história do ballet; como ele surgiu dentro das cortes, foi parar nos palcos e veio a se tornar “independente”- capaz de ser responsável por toda a dramaturgia envolvendo um espetáculo.
Primeiro vamos responder à pergunta: O que é um ballet? Ballet é: um espetáculo, com conteúdo dramático, cuja transmissão é feita principalmente através de elementos de dança e mímica, previamente criados e ensaiados por um “autor-coreógrafo”, com música e décor diretamente relacionados ao conteúdo dramático.
Ballet Séc. XV — XVI
O ballet surgiu como espetáculos solenes durante o período renascentista. Eram espetáculos apresentados em festas aristocráticas, onde músicos e bailarinos da corte colaboravam para criar entretenimento para a nobreza. A coreografia era adaptada nos passos das danças nobres, os dançarinos vestiam-se da roupa da moda e, ao fim, era comum o “público” entrar na dança.
O início histórico do ballet é, geralmente, datado de 1581. No dia 15 de Outubro daquele ano, na sala Le Petit-Bourbon, em Paris, foi apresentado “Le ballet Comique de la Reine” (O Balé Cômico da Rainha), sendo que na linguagem teatral da época, cômico queria dizer “dramático”.
Com coreografia de Balthazar de Beaujoyeulx, música instrumental de Lambert de Beaulieu e François Cajetan, música vocal de Jacques Salmon, décors (cenário e figurinos) de Jacques Patin e texto de La Chesnaye; o ballet durava mais de 5 horas e fazia parte das comemorações do casamento de Marguerite de Vaudemont com o Duque Anne (nome masculino) Joyeuse. Ela era irmã da então rainha da França, Louise de Lorraine. Além de danças, músicas e dramaturgia, esse espetáculo tinha falas.
Este é considerado o primeiro espetáculo de ballet da história, o espetáculo que deu início ao Ballet de Corte. Mas e antes? Que fatos existem que são relevantes para a história da dança?
Os mais importantes aperfeiçoamentos na arte da dança naquele período ocorreram nas cortes da Itália. Podemos citar três espetáculos, anteriores ao “Ballet Comique de la Reine”, que formam o protótipo do ballet atual. O segundo deles, inclusive, já apresentava todos os elementos citados acima como sendo característica de um ballet.
Em 1473, em Roma, Pietro Riario organizou o “Baile de Hércules”, que entrou em partes no grande espetáculo “Triunfo romano de Eleonora d’Aragona”. Em “Baile de Hércules” existiam várias danças mouriscas em um tempo muito rápido, que carregavam grande efeito dramático.
Em Tortona (também na Itália), no ano de 1489, Bergonzio di Botta organizou uma festa coreográfica para comemorar o casamento do governador de Milão, Gian Galeazzo Sforza, com Isabella de Nápoles. Uma dança de nome Entrée dava inicio a cada parte da festa, e enquanto os convidados festejavam, era apresentada uma série de cenas coreográficas cujo tema era relacionado ao motivo da comemoração: a glória do amor conjugal. Por conter todas essas características, alguns consideram este como sendo o primeiro espetáculo de ballet da história.
Em 1496, em Milão, Ludovico Sforza (il Moro), tio de Gian Galeazzo, abriu a festa “Paraíso” – grande apresentação com elementos de dramaturgia, canto e dança. Todo o figurino e construção de impressionantes mecanismos cênicos foram feitos por, nada mais, nada menos, que Leonardo da Vinci.
Poucos são os nomes do Séc. XV conhecidos hoje, que podem ser considerados profissionais da área. Só conhecemos àqueles que escreveram sobre a dança, sobretudo Domenico de Piacenza, que é considerado o primeiro teórico da dança. Ele ensinava dança aos nobres e escreveu o livro: “De arte saltandi et choreus ducendi” (Sobre a arte da dança e condução de danças), onde optou pelo termo Ballo ao invés de danza. Por essa razão, as suas danças ficaram conhecidas como Balletti, e é possível que a escolha da palavra, feita por Domenico, levou ao sentido da palavra “ballet” como a conhecemos hoje.
Em 1533, a aristocrata italiana Caterina de Medici casou-se com o príncipe herdeiro da França, Henri II. Ela era muito interessada em artes e levou esse interesse para Paris. Medici, dentre outras coisas, financiou e organizou festas com apresentações, que tinham como tema os interesses políticos do reino, como em “Le Ballet des Polonais” (O Ballet Polonês), montado por motivo da visita dos embaixadores poloneses em 1573, e tinham também apresentações com temas mitológicos.
No mesmo ano em que ocorreu o “Ballet Comique de la Reine”, 1581, foi publicado por Fabritio Caroso o livro “Il Bailarino”, um manual técnico das danças da aristocracia, tanto as sociais quanto as de espetáculo, fazendo da Itália ponto de referência no desenvolvimento da técnica da dança.
Em 1580–1585, foi construído o primeiro teatro com proscênio do mundo, o Teatro Olímpico de Veneza.
Em 1588, aparece o primeiro livro francês sobre dança: “Orchésographie”, de Thoinot Arbeau. Nele aparece a descrição da posição virada para fora, o que chamamos hoje, simplesmente, de “en dehors”.
Ballet Séc. XVII
O ballet foi se aperfeiçoando e sendo trabalhado como uma forma independente de arte durante o reinado de Luís XIV (1643–1715), na França. O rei tinha uma grande paixão pela dança, paixão que era fortemente apoiada pelo Cardeal Mazzarino, responsável pelo début do rei na arte da dança e pela ida do italiano Jean-Baptist Lully (Giovanni Baptista Lully) para a França, em 1652.
Lully tornou-se um dos bailarinos prediletos do rei e compôs alguns ballets para ele, dentre os quais, em 1653, o “Ballet Noturno da Realeza”, onde o rei aparecia no papel da luz que brilha, iluminando e fertilizando a terra, ganhando assim o seu codinome de “Rei do Sol”. Essa, e outras várias apresentações desse tipo, feitas pelo rei Luís XIV, passaram a chamar a atenção para papéis secundários e para papéis negativos.
Lully tinha um grande conhecimento de música, que associado à sua compreensão sobre dança e movimento, o permitia compor especialmente para a dança, representando as nuanças do movimento nos toques/acordes musicais.
O ballet foi se aperfeiçoando e, pouco a pouco, foi ficando menos falado e mais dançado. Na década de 60 do século XVII, as apresentações de ballet começam a sair dos palácios e ganhar os teatros, ficando acessíveis para os ricos em geral, não apenas da aristocracia. Foi quando começou a surgir um teatro profissional.
Em 1661, Louis XIV ordenou a instalação da primeira escola de dança do mundo, a Académie Royale de Danse, que ficava em um dos cômodos do Louvre.
Pierre Beauchamp, professor de dança do rei, também dançarino e coreógrafo da corte, foi nomeado Intendant de ballets du roi. Ele começou a criar a terminologia da dança que utilizamos até hoje. Os escritos mais antigos, que falam das cinco posições da dança, encontram-se nos seus trabalhos.
Em 1669 é fundada a Académie Royale de Musique, com Lully na sua direção. Ele uniu drama e música, elementos da dança italiana e francesa, colocando o ballet nos trilhos do que ele é hoje. Em colaboração com o escritor francês Moliére, o gênero italiano commedia dell’arte foi modificado ao gosto francês e deu origem à comédie-ballet.
Em 1672, Lully cria uma academia de dança dentro da Académie Royale de Musique, que existe até hoje como o Ballet da Ópera de Paris. A mais antiga companhia profissional de dança do mundo.
Em 1681, Lully apresentou Le Triumphe de l’Amour, onde colocou em cena quatro mulheres, dentre as quais estava Mademoiselle de LaFontaine, a primeira mulher a dançar profissionalmente.
Ballet Séc. XVIII
No ano de 1700 foi publicado o livro “Choréographie, ou l’art de décrire la danse”, da autoria de Raoul Auger Feuillet. O livro descrevia as danças cênicas e de bailes. Termos como cabriole, chassé, entrechat, jeté, pirouette e sissone já eram utilizados.
Na época, os dançarinos franceses se destacavam pela elegância, enquanto os italianos pelos movimentos acrobáticos. Nas óperas, a dança na França continuava o enredo dramático, enquanto na Itália, essas partes dançantes não passavam de um descanso entre as partes cantadas.
A França sempre foi ditadora de moda, imitada pelas outras cortes da Europa, assim, em 1738, a convite da Imperatriz Anna Ivanovna, Jean-Baptiste Landé estabelece a Escola Imperial de Ballet de São Petersburgo, Rússia, a segunda escola de ballet do mundo. Essa escola existe até hoje com o nome de: Academia Russa de Ballet – A.I.Vaganova.
Na segunda metade do Século XVIII, o ballet passa a ser visto como um gênero dramático sério, uma forma de arte capaz de ser independente da ópera. Os responsáveis por essa mudança foram o inglês John Weaver, o italiano Gaspero Angiolini e, principalmente, o francês Jean-Georges Noverre, cujo aniversário – 29 de Abril (1727), é celebrado hoje como o Dia Internacional da Dança. Essa revolução foi a criação do ballet sem falas, ou ballet d’action.
Em 1760, Noverre publicou o livro “Lettres sur la danse”, que focou no desenvolvimento deste tipo de ballet, onde os movimentos dos dançarinos eram criados para expressar características e desenvolver a dramaturgia, fazendo bastante uso da pantomima.
A partir das influências trazidas pelas teorias de Noverre, em 1772 Maximilien Gardel deixa a máscara de lado, Salvatore Vigano deixa os costumes femininos mais leves e um sapato macio e flexível para ambos os sexos, e em 1790 o sapato de salto para de ser utilizado nos ballets.
Em 1783, Ekatarina II funda o Teatro Imperial de Ópera e Ballet de São Petersburgo.
Compositores, como Christoph Gluck, fizeram algumas modificações nas músicas para os ballets, o que por fim dividiu o ballet em três técnicas formais: Sérieux, demi-caractère e comique.
Ballet Séc. XIX
No início do século seguinte, Carlo Blasis, aluno de Vigano, continua a ensinar a geração seguinte de bailarinos. Ele codificou o ballet para os moldes básicos de como o conhecemos hoje, com o “Tratado elementar da teoria e prática da arte da dança” de 1820, e o “Código de Terpsichore”, de 1830.
Nessa época, as mulheres começaram a se destacar nos ballets, e a técnica de dança na ponta dos dedos começou a ser explorada. A primeira imagem de uma bailarina nas pontas é da bailarina francesa Fanny Bias, datada de 1821, e é possível que Geneviève Gosselin já dançava nas pontas em 1815. Tradicionalmente, a bailarina Maria Taglioni é vista como a primeira bailarina a dançar nas pontas; antes dela, subir nas pontas era apenas um “truque”, mas para ela, as pontas era um meio de expressão artística.
Em resposta às mudanças sociais decorrentes das revoluções industriais no século XIX, veio o movimento Romântico nas artes. Os ballets representavam fantasias leves e delicadas, baseadas em lendas folclóricas. As mulheres eram seres inexistentes que podiam ser erguidos sem qualquer dificuldade, seus figurinos, de cores pastéis e com uma pequena saia que pairava ao redor das pernas.
Foi durante o período Romântico que, além dos temas folclóricos, começou a ser explorada a ideia de culturas étnicas diversas nos espetáculos, ou pelo menos, na forma como os europeus ocidentais enxergavam as culturas da África, Ásia e do Oriente Médio. Os vilões eram, geralmente, não-europeus.
Em 1832, Filippo Taglioni, pai de Maria Taglioni, cria o ballet La Sylphide para sua filha. Esse ballet foi responsável por uma mudança na temática, estilo, técnica e figurinos no ballet. Um ser sobrenatural, amado por um homem, a dança nas pontas e a saia leve.
Em 1841, com coreografia de Jean Coralli e Jules Perrot, na música de Adolf Adam, estreia em Paris “Giselle”. Nele, eram apresentados os contrastantes mundos: real e sobrenatural. No segundo ato, os espíritos, chamados de “willis”, se apresentavam com as saias brancas, popularizadas por “La sylphide”.
Com o aperfeiçoamento das danças nas pontas, as mulheres começaram a ficar mais populares do que os homens nos países do ocidente europeu. Mas na Rússia e Dinamarca, países onde o ballet ainda era sustentado pelos palácios reais, os homens cresciam junto com as mulheres, graças a Auguste Bournonville, Jules Perrot, Arthut Saint-Léon, Enrico Cecchetti, Marius Petipa e Crhistian Johansson.
O período clássico do ballet pode começar a ser traçado em 1862, quando Petipa, ainda bailarino principal do Ballet Imperial Russo, cria seu primeiro ballet em mais de um ato: “A Filha do Faraó”. Uma fantasia surreal com temática egípcia, com múmias que ganhavam vida e cobras venenosas.
Em 1869, Marius Petipa monta Don Quixote em Moscou, na música de Ludwig Minkus. Sete anos mais tarde, 1877, em São Petersburgo, Petita cria La Bayadére, com música também de Minkus, e a sua primeira versão do “Lago dos Cisnes”, com música de Piotr Tchaikovsky.
A parceria Petipa-Tchaikovsky rendeu ao mundo três obras primas do ballet; “O Lago dos Cisnes”, que teve sua versão final apresentada em 1895, “A Bela Adormecida” – 1890 e, em 1892, junto com o também coreógrafo Lev Ivanov – “O Quebra-Nozes”. Todos esses trabalhos são baseados no folclore Europeu. Em 1898, em parceria com Aleksandr Glazunov, nasce o ballet Raymonda.
Nos anos 90 do séc. XIX apareceram três pessoas que, simultaneamente, deram um novo interesse para o ballet na Europa e América: Enrico Cecchetti, Sergey Diaghilev e Agrippina Vaganova.
Ballet Séc. XX – dias atuais
No início do século 20, as pessoas começaram as se cansar das ideias e princípios do ballet, conforme Petipa, e buscavam novas ideias. O ballet russo, nessa altura, já era mais famoso que o francês e alguns bailarinos já tinham fama internacional, a mais famosa daquele período, provavelmente, era Anna Pavlova.
Em 1909, Sergey Diaghilev traz o ballet de volta para Paris, fundando a sua companhia Ballets Russes. Faziam parte dela – Anna Pavlova, Tamara Karsavina, Adolph Bolm, Vitslav (Vaslav) Nijinsky, Vera Karalli. Mais tarde entrariam: George Balanchine, Leonid Massine, Mikhail Fokin e Serge Lifar.
A estreia foi em 19 de Maio e obteve enorme êxito, principalmente os homens, já que naquela época, bons bailarinos homens tinham praticamente desaparecido dos palcos franceses. Após a revolução russa de 1917, a companhia passou a ser de emigrantes e Diaghilev foi proibido de retornar para a Rússia.
O Ballets Russes se apresentava, na maior parte, na Europa ocidental, América do norte e sul. Eles estiveram em temporada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro entre 17 de Outubro e 1º de Novembro de 1913, e em 1917.
Anna Pavlova, que saiu do Ballet Russes um ano após a sua criação, fundou sua própria companhia sediada em Londres e veio ao Brasil em 1918, 1919 e em 1928.
Diaghilev começa uma parceria com o compositor Igor Stravinsky, de onde surgiram quatro obras primas: O Pássaro de Fogo (1910), Petrouchka (1911) – ambos com coreografia de Mikhail Fokin, A Sagração da Primavera (1913), coreografia de Nijinsky, e Pulcinella (1920), com coreografia de Leonid Massine. Com exceção do último, são todos baseados no folclore russo. A companhia existiu até a morte do seu fundador, em 1929.
O italiano Enrico Cecchetti, após gloriosa carreira como professor e bailarino na Rússia, foi o professor principal do Ballet Russes de 1910 até 1921. Em 1918 ele abriu sua escola em Londres, e em 1923 retornou para a Itália, tornando-se diretor da escola de bailados do Teatro La Scala. O crítico de ballet Cyril Beaumont estudou o método Cechetti e, junto com Stanislas Idzikowsky, sintetizou esse método no livro “Teoria e Prática da dança clássica teatral” (1922).
Vaganova foi aluna de Cecchetti e Petipa. Nos anos 20 e 30 do século XX, passou a trabalhar um método próprio de ensino da dança clássica, mesclando os conhecimentos dos seus mestres, redigindo-o no livro “Fundamentos da Dança Clássica”. Em 1935, seguindo ordens governamentais, Vaganova modificou o final trágico do Lago dos Cisnes por um sublime.
A pressão ideológica daqueles anos levou para a criação de ballets com realismo soviético, dentre eles podemos citar: Romeo e Julieta, com música de Prokofiev e coreografia de Leonid Lavrovsky, Chamas de Paris, música de Boris Asafiev e coreografia de Vasily Vainonen, A Fonte Bakhchisarai, música de Asafiev e coreografia de Rostislav Zakharov, e Cinderela, música de Prokofiev e coreografia de Zakharov.
Em 1933, pouco após a morte de Diaghilev, Lincoln Kirstein convida Balanchine para abrir uma escola de ballet nos Estados Unidos, essa escola deu origem à “Escola de Ballet Americano” de Nova York.
Muitos consideram Balanchine como sendo o primeiro representante do chamado “Ballet Neo-clássico”. Um marco importante da história é o seu ballet Apollo, criado ainda para o Ballet Russses na música de Stravinsky.
Nessa mesma época, em reação aos limites formais e severos da dança clássica, acentuando a liberdade e expressão dos movimentos, surge uma nova tendência da dança, a Moderna. Ela surgiu simultaneamente nos Estados Unidos e Alemanha. Os primeiros grandes representantes foram Loie Fuller, Isadora Duncan e Ruth St. Denis.
O precursor dessa ideia de liberdade em movimento pode ser considerado o francês Françoise Delsarte, quando, ainda no século XIX, cria a sua teoria de relação entre o movimento humano e os sentimentos: “sentimentos e a sua intensidade são a causa do movimento e a sua qualidade”.
Outra pessoa que produz a base ideológica e conceitual da dança moderna é o Húngaro Rudolph Laban. Ele cria um novo sistema de análise e escrita de movimento, considerado o mais completo de todos os tempos; a Kinetography, ou Labanotation.
Marta Graham surge com ideias inovadoras e, em 1926, funda a sua companhia, a mais antiga companhia de dança dos Estados Unidos. Pode-se dizer, figurativamente, que ela é a responsável por trazer a arte da dança para o século XX. Dentre as suas inovações, a consciência de que a respiração está diretamente ligada à expressividade do movimento e o trabalho com o chão. Merce Cunnigham está entre os seus alunos.
Na segunda metade do século XX, a alemã Pina Bausch também dá novos rumos para a dança, inclusive na maneira de criar/coreografar, tirando os movimentos do cotidiano da história de vida de cada um dos seus alunos.
Por fim (não referente à cronologia da história), a dança clássica e a dança contemporânea passam a interagir. Nomes marcantes que devem ser citados são o de: Jirí Kylián, Mats Ek, William Fosrythe, Nacho Duato e Maurice Béjart.
A história da dança é complexa, longa, e em certos pontos chega a ser “engraçada”, pois períodos que normalmente estariam distantes um do outro acontecem simultaneamente, e em alguns casos interagem-se. Seria impossível escrever em detalhes, neste texto, todos os períodos dessa história. Mantive o foco no objetivo dos próximos textos, o Ballet de Repertório. Peço desculpas por negligenciar a história da dança no século XX e, tendo o desejo por parte do leitor, seria um prazer escrever um texto dedicado apenas à história da dança moderna e contemporânea.
Espero que tenham gostado.