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ballet adulto,Ensino & Aprendizado,universo da dança

Pé forte ou pé fraco?

Posted on 24 de julho de 201826 de julho de 2018 by Heloisa Almeida
24
jul

Esse tema veio instigado por uma pessoa que gosto muito, que é a Lu, que é muito atenta as perguntas de suas clientes e responsável pela linda Ana Botafogo Boutique. Cerca de 2 anos atrás, a Lu me perguntou: Helô, por que as alunas de ballet que veem comprar sapatilhas de ponta e dizem que têm um pé forte, querem uma sapatilha forte e vice-versa? Não deveria ser ao contrário? Entendi a dúvida dela, sorri e comecei a explicar¹.

Em geral, quando observamos as possibilidades de flexibilidade e força dos pés de um aluno ou aluna de ballet, classificamos aquele “pé” como forte ou fraco. Habitualmente, o pé forte é o pé chamado no mundo do ballet clássico de “pé bom” ou ainda “pé lindo”, já o pé fraco é aquele pé chamado de “pé feio” ou ainda “pé difícil”.
Ocorre que o chamado pé forte é um pé frágil no que diz respeito a grande flexibilidade na articulação do tornozelo. Esse tipo de pé tem uma tendência a inversão e consequentemente tem maiores possibilidades de lesão. Portanto, ele seria um pé fraco, com uma necessidade maior de proteção e assim necessitaria de uma sapatilha mais dura para evitar que ele pudesse fazer uma torção. As pessoas que têm esse tipo de flexibilidade, em geral, precisam trabalhar de forma muito intensa a musculatura intrínseca dos pés e também dos dorsiflexores² e eversores³ para se protegerem de possíveis lesões.
Já o pé fraco para o mundo do ballet, com pouca flexibilidade na articulação do tornozelo, seria um pé com menos probabilidade de lesão e consequentemente seria um pé resistente e por isso não precisaria de tanta proteção e a sapatilha pode ser então mais flexível. Essas pessoas precisam trabalhar a flexibilidade dos dorsiflexores (parte anterior da perna) e a força muscular dos plantiflexores⁴ (parte posterior da perna) que vão possibilitar uma maior maleabilidade na articulação do tornozelo. Ou seja, por essa perspectiva, o pé fraco seria forte e vice-versa.
A escolha de uma sapatilha de ponta envolve um processo complexo, várias tentativas e muita compreensão tanto dos professores/orientadores, como dos alunos, dos pais e também dos vendedores especializados na área (Lopes, 2017). Estudos biomecânicos estão sendo realizados para respeitar cada vez mais as individualidades (Picon, 2007). Por isso, considero importante refletirmos sempre sobre nossas falas, nossas crenças e práticas, pois podemos não nos fazer entender e às vezes até confundir pessoas leigas e impedir que a arte do ballet clássico e sua técnica possam ser melhor compreendidas.

¹ Não tenho como foco levantar questões biomecânicas mais complexas, pois existe uma literatura mais acadêmica, mas sim abordar algumas questões da nossa linguagem corriqueira que podem levar ser às vezes mal compreendida por leigos.
² Músculos que fazem a dorsiflexão. (conhecido como “ flex ” no ballet clássico)
³ Músculos que evertem o pé. ( conhecida como aquela virada do pé para fora) Eversão = Combinação de pronação com a abdução do antepé. (KENDALL, McCREARY, PROVANCE, 1995, p. 22)
⁴ Músculos que fazem a flexão plantar, ponta de pé ou pé esticado.

Lopes, Juliana. Sobre as pontas dos pés. FASA, 2017.
Picon, Andreja; Franchi, Silmara. Análise Antropométrica dos pés de praticantes de ballet clássico que utilizam sapatilhas de ponta. Revista UNIARA, 2007.

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Heloisa Almeida

Mestre em Educação Física pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), possui graduação em Fisioterapia pela Universidade Católica de Brasília (2003) e especialização em Anatomia Humana pelo Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação (2007). Atualmente finaliza o curso de Licenciatura em Dança pela Universidade Cândido Mendes. Pertenceu ao Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 1982 e ao Ballet Teatro Guaíra entre 1983 e 1998 como bailarina. É professora das disciplinas de Anatomia, Cinesiologia e Técnica do Balé Clássico do Curso de Licenciatura em Dança da Universidade Cândido Mendes. Aplica em suas aulas de dança, em escolas, companhias profissionais e em seus cursos, princípios de Anatomia, Fisiologia, Cinesiologia e Biomecânica com objetivo de melhorar a performance do bailarino. Suas principais linhas de pesquisa estão relacionadas à técnica do balé clássico e suas relações socioculturais e a dança para pessoas com doença de Parkinson.

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