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história da dança

Isadora

Posted on 20 de abril de 201511 de julho de 2015 by Izabel Costa
20
abr

Musa da modernidade.

“O pano se levan­tou e eu vi a Grécia, não a Grécia livresca dos sone­tões de Bilac que toda uma subli­te­ra­tura oci­den­tal vazava para a colô­nia inerme. Eu vi de fato a Grécia. E a Grécia era uma cri­ança semi-nua que colhia pedri­nhas nos ata­lhos, con­chas nas praias e com elas dan­çava. O cená­rio único duma só cor abria-se para vinte sécu­los de mar, de mon­ta­nhas e de céu. E do fundo duma pers­pec­tiva irreal, as som­bras da caverna platô­nica toma­ram a carne vir­gi­nal de Ifigênia para res­sus­ci­tar a rea­li­dade única. A voz do piano arqui­te­tu­rava Gluck. Essa mulher é alga, sacer­do­tisa, paisagem.”

Assim escre­veu Oswald de Andrade quando viu Isadora Duncan dan­çar no Teatro Municipal no Rio de Janeiro e em São Paulo em agosto de 1916. Sua semi-nudez e sua dança livre arre­ba­ta­ram o público e a crí­tica. Ela vinha de uma turnê pela America do Sul sendo mal rece­bida em Buenos Aires por intensa cam­pa­nha movida pelo clero.

Aqui a crí­tica recebeu-a com calo­ro­sos elo­gios: “Todas as apre­sen­ta­ções tive­ram nume­roso público; aplau­sos con­tí­nuos e inter­mi­ná­veis e entu­si­as­ma­dos “bra­vos” e pedi­dos de “bis”, con­ce­di­dos com cari­nho e emo­ção a mara­vi­lhosa Isadora. Deu-se o caso curi­oso do público não que­rer retirar-se do tea­tro. Ninguém dese­java apartar-se da beleza.”

O poeta João do Rio a cha­mava A Divina. Gilka Machado tam­bém lhe escre­veu poe­mas e depois com­para sua filha Eros Volusia à Isadora chamando-a de a Isadora Brasileira.

“Isadora trouxe à dança uni­ver­sal a huma­ni­za­ção, a refle­xão, a madu­reza, a lin­gua­gem comu­ni­ca­tiva do movi­mento inte­rior e seus pro­ces­sos estão até hoje incor­po­ra­dos ao patrimô­nio da velha escola que deles se apossa, muito embora per­sis­tam em nega-la os adep­tos do clas­si­cismo.” (Eros Volusia)

Foi influ­en­cia forte para Nina Verchinina, grande bai­la­rina e coreó­grafa que che­gou no Rio de janeiro com a Cia do Colonel De Basil, o Original Ballet Russe, e aqui ficou desde 1946 até sua morte em 1995.

Isadora foi a pio­neira da dança moderna.

Nasceu em São Francisco, Califórnia em 1878. Desde cedo anun­ciou seu desejo de dan­çar. Acompanha cur­sos de dança aca­dê­mica mas logo recusa o sis­tema, decla­rando que quer criar uma dança de acordo com seu temperamento.

Desde o iní­cio — escre­veu — ape­nas dan­cei minha vida.

Gestos natu­rais, andar, cor­rer, sal­tar, mover os bra­ços natu­ral­mente, reen­con­trar o ritmo dos movi­men­tos, ina­tos, huma­nos, per­di­dos há anos, escu­tar as pul­sa­ções da terra, obe­de­cer “à lei da gra­vi­ta­ção”, feita de atra­ções e resis­tên­cias, con­se­quen­te­mente, encon­trar uma liga­ção lógica, onde o movi­mento não para, mas transforma-se em outro, res­pi­rar natu­ral­mente — eis o seu “método”.

Ela trans­mite um lirismo incon­tes­tá­vel, uma grande riqueza vital e, final­mente, o natu­ral, que a velha Europa aco­lheu como uma nova men­sa­gem. Isadora parte para a con­quista da Europa, exa­mina aten­ta­mente as cole­ções gre­gas do Brithish Museum onde des­co­bre Homero.

“Vim à Europa, para pro­vo­car um renas­ci­mento da reli­gião atra­vés da dança, para expri­mir a beleza e a san­ti­dade do corpo humano pelo movimento”.

Não é por acaso que o movi­mento pre­fe­rido de Isadora era o de jogar a nuca para trás. Este pode ser visto em cenas do rito dio­ni­síaco em toda a arte grega: é o movi­mento de transe que pro­clama ter sido o corpo pos­suído por uma ins­pi­ra­ção sobre-humana.

Temos em vários paí­ses segui­do­ras de Isadora que per­pe­tuam sua obra . Julia Levien que foi aluna de Irma e Ana Duncan dis­cí­pu­las de Isadora publica um livro em que nos fala da impor­tante con­tri­bui­ção de Isadora na edu­ca­ção das cri­an­ças. Sua escola aberta para todas as cri­an­ças de todos os níveis econô­mi­cos, defen­dia a arte como parte inte­gral do cur­rí­culo e a ideia de que as cri­an­ças devem expe­ri­men­tar seu corpo atra­vés dos movi­men­tos da dança como um cami­nho para o aprendizado.Isadora ante­cede com a aber­tura de sua escola em Grunewald, Berlim todos os que pro­pu­nham este pen­sa­mento, Steiner, Dalcroze, Maria Montessori, Shaw.

Lori Belilove, Andrea-Mantell, Julia Levien , e no Brasil Marília de Andrade, Fatima Suarez e me incluo são artis­tas que pes­qui­sam a obra de Isadora, recri­ando suas core­o­gra­fias e fazendo outras com a essen­cia e movi­men­tos de sua obra.Béjart, Frederick Ashton tam­bém cri­a­ram core­o­gra­fias revi­vendo Isadora.

“A dança moderna irá variar bas­tante mas em todas as suas mani­fes­ta­ções ela ainda é a téc­nica de Isadora raci­o­na­li­zada, esva­zi­ada do roman­tismo e mis­ti­cis­mos vito­ri­a­nos e ampli­ada pela época de avan­ços e com a mul­ti­pli­ci­dade de for­ças cri­a­do­ras que ela pro­du­ziu. Não fala­mos mais de “desejo de beleza” mas cri­a­mos a nossa arte à par­tir do mesmo impulso interno” — John Martins– crí­tico de dança New York Times.

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Izabel Costa

Artista da Dança com mais de 40 anos de atuação como bailarina, pesquisadora, coreógrafa, diretora de espetáculos, professora e militante da resistência cultural, foi a fundadora do Grupo Corpo em 1975, o qual dirigiu até 1984 quando se mudou para São Paulo como convidada do mestre Klauss Vianna para uma pesquisa do CNPq. Desde então desenvolve trabalhos a partir de manifestações populares e eruditas e de legados de artistas como Eros Volúsia e Isadora Duncan. Atuou nos principais papéis de grandes espetáculos como Maria Maria (coreog. Oscar Araiz – de 1976 a 1979), Dã Dá Corpo (coreog. Klauss Vianna - 1987), Sete Danças para Villa-Lobos (coreog. Oscar Araiz - 1994) e Paisagens Imaginárias (coreog. Izabel Costa - 2005), além de atuações em cinema, teatro, vídeos, festivais e outras performances artísticas. Desde 1999, ministra aulas e workshops em seu Studio Izabel Costa (Belo Horizonte) onde defende a cultura brasileira como uma cultura vocacionada principalmente para a Dança.

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Conhecimento para além da técnica

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