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história da dança

O Ballet Ondine

Posted on 16 de junho de 201428 de junho de 2015 by Ana Silverio
16
jun

Undine é um conto de fadas ale­mão escrito por Friederich de la Motte Fouqué, publi­cado em 1811.

O livro se tor­nou tão popu­lar, que já em 1814 estreou a opera homô­nima, do com­po­si­tor E. T. A. Hoffman. O pró­prio Fouqué foi quem fez a adap­ta­ção do livro para o libretto. Ao longo da his­tó­ria, esse conto foi tra­du­zido para mui­tos idi­o­mas dis­tin­tos e vem, desde então, ins­pi­rando vários com­po­si­to­res, como Tchaikovsky, Ravel e Debussy, assim como escri­to­res e artis­tas plásticos.

O bal­let Ondine, core­o­gra­fado por Jules Perrot na música de Cesare Pugni e cená­rio de William Grieve, estreou em 22 de Junho de 1843, no Queen’s Theatre, em Londres. No elenco prin­ci­pal esta­vam Fanny Cerrito (Ondine), Jules Perrot (Mattéo), Mme Copère (Hydrola), Mlle Guy-Stephan (Giannina).

No dia da estreia, Pugni dedi­cou a par­ti­tura à Duquesa de Cambridge, Princesa Augusta, Patrona das Artes de Londres.

Para a cri­a­ção da core­o­gra­fia, Perrot usou ape­nas a trama prin­ci­pal, ou seja, o amor de uma Náiade, que pode­mos de uma forma gro­tesca cha­mar de Sereia, por um mor­tal, que já estava com­pro­me­tido. Fora isso, tudo que foi pos­sí­vel ser modi­fi­cado no enredo ori­gi­nal do livro, foi modi­fi­cado. A ação foi trans­fe­rida das águas do rio Danúbio para a enso­la­rada Sicília, uma ilha no mar medi­ter­râ­neo (Itália). O aris­to­crata Sir Huldbrand foi trans­for­mado no pobre pes­ca­dor Mattéo, e a amada do aris­to­crata, Bertalda, foi trans­for­mada na órfã Giannina.

Ondine (3 atos e 6 cenas)*

*O libreto é uma tra­du­ção livre, feita por mim, tirada do livro “Cesare Pugni: Music from Five Ballets”, da Cambridge Scholars Publishing (2012), edi­tado e intro­du­zido por Robert Ignatius Letellier.

Cena 1:

Na costa da Sicília, na Itália, pes­ca­do­res se pre­pa­ram para o fes­ti­val de Nossa Senhora (Madonna). Mattéo, um pes­ca­dor, está pre­sente com a sua noiva, Giannina. Ele fica para trás para puxar a sua rede e nela vem a ninfa aquá­tica, a nái­ade Ondine, que se apai­xona por ele. Ela tenta atrair Mattéo para uma rocha alta, de onde se joga para a água, chamando-o para segui-la, mas algu­mas pes­soas da vila se intro­me­tem bem na hora, e sal­vam o pescador.

Cena 2:

Em sua cabana, Mattéo relata a sua aven­tura para a sua noiva, Giannina. Uma rajada de vento abre a janela e Ondine entra, visí­vel ape­nas para Mattéo. Ela atra­pa­lha a dança de Giannina e even­tu­al­mente pula para a janela, olhando para o mar e con­vi­dando Mattéo para segui-la. Ela resolve mos­trar a ele um pouco do seu mundo em sonho.

Cena 3:

m uma caverna sub­ma­rina, Ondine apa­rece em meio a um grupo de nin­fas e dança um pas de six. Hydrola, a rai­nha dos Mares, adverte Ondine sobre se rela­ci­o­nar com os mor­tais, mas a Náiade, arran­cando uma rosa, se mos­tra pre­pa­rada para assu­mir a mor­ta­li­dade, caso isso seja neces­sá­rio, a fim de ganhar o belo pes­ca­dor adormecido.

Cena 4:

No Santuário de Nossa Senhora, os habi­tan­tes da cidade dan­çam a taran­tella. Todos se ajo­e­lham e rezam em frente ao Sino de Véspera (no sen­tindo dos sinos que tocam na vés­pera das fes­ti­vi­da­des). Ondine surge de uma fonte e atrai a aten­ção de Mattéo, que a per­se­gue atra­vés da mul­ti­dão ajo­e­lhada. Giannina o trás de volta para os sen­ti­dos e ele vai bus­car o seu barco. Ondine atrai Giannina para a água e toma a sua forma. Como resul­tado de ter assu­mido a forma mor­tal, Ondine pode ver a sua som­bra pela pri­meira vez refle­tida sob a luz do luar, perseguindo-a com fas­ci­na­ção e dan­çando com ela com grande ale­gria. Mattéo leva Ondine para longe, enquanto Giannina é car­re­gada pelas Náiades para o palá­cio da rai­nha Hydrola.

Cena 5:

Ondine dorme na cama de Giannina e ignora a adver­tên­cia de Hydrola. Ela recusa-se a aban­do­nar a sua mor­ta­li­dade, ape­sar de estar enfra­que­cida e exausta. Mattéo e sua mãe entram, e ele e Ondine dan­çam o Pas de la rose flé­trie, uma taran­tella onde Ondine insiste em supe­rar o seu can­saço, para a pre­o­cu­pa­ção de Mattéo.

 Cena 6:

Durante a pro­cis­são de casa­mento, Ondine quase não se aguenta em pé. Hydrola e as nái­a­des fazem um último esforço em ten­tar sal­var Ondine. A Rainha das águas res­tau­rou a vida de Giannina e agora a guia. Mattéo se sur­pre­ende e fica feliz ao ver seu ver­da­deiro amor, enquanto Ondine retoma a sua forma imor­tal e é car­re­gada triun­fal­mente para o seu lar, embaixo das águas do mar.

“O Ballet tornou-se famoso pela con­cep­ção gené­rica de cenas tipo a do Pas de l´Ombre. Foi elo­gi­ado por seu décor mag­ni­fico, mas é sen­tido que não é igual a Giselle (The Times, 23 de Janeiro de 1845″*). A música de Pugni foi des­crita como “sin­gu­lar­mente apro­pri­ada, bas­tante des­cri­tiva, e acres­centa um charme para a per­fei­ção do bal­let… o acom­pa­nha­mento musi­cal que des­creve a ascen­são e queda das ondas é emi­nen­te­mente carac­te­rís­tico e bonito: a pró­pria ondu­la­ção do fluxo, e o som cor­rente da vazante sobre a costa pedre­gosa, são ouvi­dos e satis­fa­zem por com­pleto os ouvidos”.

Em 1847, Paul Taglione apre­senta “Coralia, ou The Inconstant Knight (O Cavaleiro Inconstante)”, tam­bém ins­pi­rado no conto Undine, de Fouqué, e música do mesmo com­po­si­tor, Cesare Pugni. A estreia se deu no mesmo tea­tro: “Her Majesty’s Theatre”, em Londres.

Quando Jules Perrot vai tra­ba­lhar na Rússia, Pugni o acom­pa­nha. E em 11 de Fevereiro de 1851, estréia a nova ver­são de Ondine sob o título de “Naïad et le pên­cheur” (A Náiade e o Pescador), com Carlota Grisi. Pugni revi­sou por com­pleto a sua par­ti­tura e acres­cen­tou novas partes.

Em 23 de Julho foi apre­sen­tada uma noite de Gala ao ar livre, no palá­cio de verão de São Petersburgo, “Peterhoff”, em come­mo­ra­ção ao ani­ver­sá­rio da filha do Imperador Nikolai I, Olga Nikolaevna. Perrot uti­li­zou uma pla­ta­forma espe­ci­al­mente cons­truída sobre as águas do lago, no Ozersky Pavillion, e as Náiades des­li­za­ram para a pla­ta­forma em bar­cos cons­truí­dos em forma de con­chas. O cená­rio natu­ral de árvo­res, jun­ta­mente com um bom tempo e uma bela lua que bri­lhou na cena, fez um evento sin­gu­lar, memo­rá­vel na his­tó­ria do ballet.

foto 1

Litografia repre­sen­tando a noite de Gala no palá­cio de verão de São Petersburgo, Julho de 1851. La naïade et le pêcheur.

 Marius Petipa remon­tou esse bal­let algu­mas vezes, e em 1867 o fez para a bai­la­rina Ekaterina Vazem, em tra­ba­lho com Pugni, que compôs novas vari­a­ções espe­ci­al­mente para a bailarina.Em 1874, para a bai­la­rina Eugenia Sokolova, com revi­sões musi­cais de Ludwig Minkus. Em 1892 foi a vez de Anna Johansson bri­lhar no papel da ninfa aquá­tica com revi­são musi­cal de Riccardo Drigo.

O neto de Cesare Pugni, Alexandr Shiryaev (um dos cri­a­do­res do método de dança cará­ter), remon­tou o bal­let, que ficou 2 anos em car­taz. O papel foi dan­çado por Anna Pavlova, Tamara Karsavina, Mathilde Kshessinskaya e Mikhail Fokine. Em 1921, Shiryaev remonta o bal­let para o Instituto Coreográfico de Leningrado (hoje, Academia Vaganova), Em 1984, foi apre­sen­tada uma suíte usando core­o­gra­fias da ver­são ori­gi­nal de Perrot, em home­na­gem aos 80 anos de Pyotr (Peter) Gusev, que fez o tra­ba­lho de remontagem.

Em 16 de Março de 2006, Pierre Lacotte estreia a remon­ta­gem do ori­gi­nal de Perrot, com par­ti­tura unindo a música de Pugni de 1843 e1851, no Teatro Mariisnky, com Evegnya Obratsova no papel de Ondine.

Em 27 de Outubro de 1958, Sir Frederick Ashton estreia o seu bal­let Ondine, tam­bém ins­pi­rado no mesmo romance. A música ori­gi­nal foi com­posta por Hans Werner Henze.O bal­let foi cri­ado para Margot Fonteyn.

Fato Curioso:

Segundo a Enciclopédia Russa de Ballet e algu­mas outras fon­tes na inter­net, o pas de six e a dança com a som­bra foram cri­a­ções da pró­pria Fanny Cerrito, a pri­meira Ondine da história.

1984, remon­ta­gem de Pyotr Gusev:

Parte 1:

Parte 2:

Parte 3:

Ondine remon­tado por Pierre Lacotte:

Parte 1:

Parte 2:

Parte 3:

Parte 4:

Ondine de Frederick Ashton:

Trailer:

Esse registro foi postado em história da dança. Adicione aos favoritos.
Ana Silverio

Ana Silvério é professora, bailarina e coreógrafa. Formada em Coreografia, metodologia e Pedagogia em Dança pela Universidade Humanitária Sindical de São Petersburgo na Rússia, Ana foi premiada em festivais não apenas naquele país, como também no Brasil. Trabalhou em diferentes países da Europa e atuou como jurada em diversos Festivais Internacionais de Dança.

EDTAM e CDTAM
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