O ensino do balé tem o quê, uns 600 anos? Por aí.
Uma arte que se sofistica, e demanda cada vez mais desempenho físico, exige que o bailarino seja, antes de mais nada, um atleta de alta performance, eu penso.
Faria sentido continuar acreditando que só crianças têm alguma chance de conseguir resultados, até porque a quantidade de energia que você precisa mobilizar para fazer os movimentos vai mesmo diminuindo, com o passar dos anos.
A não ser que inventassem alguma coisa que aumentasse a capacidade do corpo, sem violentar o que parece ser a evolução natural do ser humano.
Pois é, essa coisa existe e se chama suplementos. Não tinha ideia disso e confesso que sofri muito até conhecer o Paulo Gusmão, momento que marca o antes e o depois das minhas tentativas.
Primeiro, sofria com a falta de resistência. Sentia um cansaço insuportável, incontornável, inapelável. Sem falar no fato de que qualquer gripe que eu pegava (o que estava ficando cada vez mais frequente) levava umas 3 semanas para passar.
Nutrólogo, nunca tinha ido a um. Nem sabia que a diferença entre nutricionista e nutrólogo é que o segundo é médico. Fato é que só comecei com o Paulo Gusmão em julho de 2013, quase um ano e meio depois de ter decidido, no janeiro de 2012, a me tornar bailarina, aos 50 anos.
E uma das coisas mais fantásticas que o autor do livro “Saúde, o maior dos prazeres” introduziu na minha vida, depois da vontade de comer bonito, foi a Glutamina.
Imagina uma pessoa com um histórico de alergia respiratória desde a infância e tudo o que decorre de se dormir mal, por conta de um nariz permanentemente entupido. Agora, imagina uma pessoa que respira mal e dorme mal fazendo, aos 50 anos, esforços que aos 20 ela já nem cogitaria.
Deixo para o Google as explicações sobre o que é esse aminoácido chamado glutamina, porque ele é tão vital também para os músculos, como atua no aumento da imunidade, etc. e tal.
O que posso dizer é que passei a ter episódios cada vez mais raros de alergia, com isso passei a dormir melhor e a estar mais descansada para os treinos, no dia seguinte. E as gripes? Pois é, as gripes tornaram-se cada vez mais raras e breves. Escrevo em fevereiro de 2015. Desde julho de 2013, talvez tenha tido umas duas gripes, e passageiras.
O Paulo Gusmão cuida de muitos bailarinos do Municipal. A esposa dele foi bailarina. Ele conhece a rotina. Mas não é só disso que se trata. Ele tem um olhar para o contexto humano, emocional. É um médico de grande percepção, grande sensibilidade. Ele sabe o que significa mexer nos hábitos alimentares de um indivíduo.
Estou aqui escrevendo sobre a experiência com ele e sinto que poderia verter rios de palavras, tal a riqueza dessa vivência. Mas se preciso resumir, para não te cansar, digo o seguinte: não sabia que existiam os tais suplementos e o que eles são capazes – se bem calibrados – de fazer por uma pessoa e seus sonhos.
Acho que, antes da era dos Endurox da vida, seria difícil mesmo pensar em alguém, na meia-idade, fazendo esforços como tenho que fazer diariamente. Possivelmente, essa é uma das tantas razões pelas quais não tivéssemos pessoas tentando se tornar bailarinas, ou atletas de qualquer estilo, depois de muito adultas.
Hoje é diferente. Mas, cuidado, não recomendo que se tente os suplementos por conta própria. E por um motivo muito simples: os suplementos podem engordar. Além do que, não se iluda, nada substitui uma alimentação bonita e o esforço inicial que precisa ser feito para se reeducar na refinada arte de comer. E sobre isso vou escrever mais, em breve.
Ah, e se, além de ter mais saúde, eu emagreci? Vou deixar que as fotos falem por si só! Como decorrência do balé, o corpo foi ficando mais delineado, tudo bem. Mas o balé só teria sido possível com a alimentação certa.
Repito, nada substitui aquela sensação de harmonia que você tem quando usa o alimento certo. E a segurança que esse bem-estar produz entrou na minha vida pela porta do consultório do Paulo Gusmão. E pela determinação de usar todos os avanços que a humanidade já fez para tentar realizar o que muitos ainda consideram impossível: ser, sim, uma bailarina. Aos 50 anos.
Se quiser continuar a conversa, dê um pulo na minha página no Facebook.
Um beijo!