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Ensino & Aprendizado,história da dança

PAS DE DEUX (parte I)

Posted on 6 de junho de 20141 de julho de 2015 by Tânia Kury
06
jun

Do galan­teio na corte ao vir­tu­o­sismo nos palcos.

Das vilas e aldeias, para a corte e para os palcos…

Da diver­são, à metá­fora de posi­ção social e ao vir­tu­o­sismo técnico…

pas de deux tem sua ori­gem remota nas dan­ças de par exe­cu­ta­das nas cor­tes europeias.

Em uma longa tra­je­tó­ria rumo à matu­ri­dade e à auto­no­mia téc­nica e artís­tica, as dan­ças de par pas­sa­ram: de mani­fes­ta­ções popu­la­res, à entre­te­ni­mento real e, final e mere­ci­da­mente, a espe­tá­culo profissional.

Formalismo e galan­teio na corte.

O Branle foi uma dança de par exe­cu­tada nas cor­tes euro­peias até o sec XVIII. Caracterizada por forte rigi­dez e for­ma­lismo, era uma repre­sen­ta­ção muito fiel da hie­rar­quia da corte.

Permitia, por meio da obser­va­ção da posi­ção do par­ti­ci­pante no arranjo geral, iden­ti­fi­car seu sta­tus na soci­e­dade (depen­dendo do quão “perto” estava do casal Real, durante a execução).

O Minueto era mais fle­xí­vel. Nele os pares, que já fica­vam frente a frente, exe­cu­ta­vam, por meio dos pas­sos, um “ritual esti­li­zado de con­quista”. Mais galan­te­a­dor, cri­ava ten­são e expec­ta­tiva sutis, devido às apro­xi­ma­ções e afas­ta­men­tos dos intér­pre­tes, que tro­ca­vam olha­res e esten­diam as mãos um para o outro.

Para domi­nar pro­pri­a­mente a téc­nica do Minueto, era neces­sá­rio aprendê-lo com um mes­tre de dança. Sobre sua exe­cu­ção Goethe, o céle­bre poeta ale­mão, teria escrito: “Ninguém se atreve a dan­çar sem ter apren­dido: o Minueto, em par­ti­cu­lar, é con­si­de­rado uma obra de arte…” (CAMINADA, 1999,p. 109)

O bom desem­pe­nho nos salões de baile, exi­bindo téc­nica e ele­gân­cia nas dan­ças, era muito impor­tante para o cava­lheiro que qui­sesse impres­si­o­nar uma dama da corte.

Estas carac­te­rís­ti­cas de cor­tejo, con­quista e exi­bi­ção de sta­tus, tão for­tes no período monár­quico, são muito bem repre­sen­ta­das em tre­chos de gran­des clás­si­cos como O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida, Raymonda e Paquita.

Em La Sylphide, Giselle, La Esmeralda, O Corsário, Raymonda, La Bayadère pre­do­mi­nam os aspec­tos de galan­teio, reve­rên­cia e con­quista, impres­cin­dí­veis à repre­sen­ta­ção des­tes argu­men­tos românticos.

Em “Diamantes”, uma seção do bal­let “Joias”, Balanchine usou vários ges­tos de grande cor­te­sia e reve­rên­cia do bai­la­rino para a “sua bai­la­rina”. Esta pose final do pas de deux, no qual ele se ajo­e­lha aos pés dela e beija sua mão, é encan­ta­dora e marcante.

Repleto de momen­tos de grande deli­ca­deza e roman­tismo, este pas de deux do 1º ato de Raymonda é pura poe­sia. A belís­sima música de Alexander Glazunov nos envolve e transporta.

Com Maria Alexandrova e Sergei Filin, numa ver­são do Ballet Bolshoi, apre­sen­tado numa “Noite de Gala” em Praga, no ano de 2007.

Uma téc­nica a ser­viço da expres­si­vi­dade:

A uni­dade em torno de um tema e a con­cep­ção da dança como uma forma de expres­são inde­pen­dente e autos­su­fi­ci­ente, pre­co­ni­za­das por Noverre, inau­gu­ram uma nova etapa no desen­vol­vi­mento artís­tico da dança.

Neste momento, ela con­quista defi­ni­ti­va­mente o sta­tus de meio ade­quado paraa repre­sen­ta­ção­dos mais vari­a­dos dra­mas e das mais com­ple­xas rela­ções entre as personagens.

Por um fio

O período român­tico, repleto de seres ima­te­ri­ais, fan­tás­ti­cos e que podiam voar, exi­giu o desen­vol­vi­mento de recur­sos téc­ni­cos capa­zes de repre­sen­tar esta ideia de leveza e imaterialidade.

Um recurso muito usado nos pri­mei­ros bal­lets român­ti­cos pra criar esta ilu­são foram umas “máqui­nas voa­do­ras” com cor­das ou cabos, que ele­va­vam e des­lo­ca­vam as bai­la­ri­nas, fazendo-as voar, lite­ral­mente, em cena.

“La Sylphide”, um marco do iní­cio do Período Romântico no Ballet, usa este recurso até hoje. Esta foto é de uma mon­ta­gem do Ballet do Ópera de Paris. A ver­são do Kirov de “Giselle” tam­bém usa cabos e pla­ta­for­mas sus­pen­sas na apa­ri­ção das wil­lis, no iní­cio do segundo ato.

“Flore etZéphyre” cri­ado por Didelot, em 1796 usou e abu­sou deste recurso dos cabos, che­gando a sus­pen­der, não ape­nas as solis­tas, mas o corpo de baile inteiro.

Foram estes cabos, neste mesmo bal­let, que dei­xa­ram pela pri­meira vez as bai­la­ri­nas “nas pon­tas dos pés”, ao suspendê-las até que só as pon­tas dos pés tocas­sem o chão. (KIRSTEIN,1884, p. 130)

Por causa dessa neces­si­dade de simu­lar o voo e a ausên­cia de peso, a par­ti­ci­pa­ção do part­ner, nos pri­mór­dios da téc­nica do pas de deux estava rela­ci­o­nada ao desejo de subs­ti­tuir os cabos e meca­nis­mos pela força física do bailarino.

A bai­la­rina, agora sus­pensa e apoi­ada pelo seu part­ner, ganha mais mobi­li­dade em cena, o que cria con­di­ções para o apri­mo­ra­mento da téc­nica do pas de deux, com con­se­quente desen­vol­vi­mento de novos passos.

Lincoln Kirstein des­creve o Pas de Deux como uma uni­dade com­posta por dois com­ple­men­ta­res, que intro­du­zem os con­tras­tes ine­ren­tes ao femi­nino e mas­cu­lino. Ao bai­la­rino cabe a força e o apoio e à bai­la­rina: a leveza, a gra­çae a agilidade.

Entre acro­ba­cias e proezas:

 Os bal­lets român­ti­cos mais tar­dios incor­po­ra­ram ao pas de deux ino­va­ções vin­das até da téc­nica de circo.

As bai­la­ri­nas agora não são mais ape­nas apoi­a­das ou levan­ta­das pelos seus part­ners; elas rea­li­zam peque­nas acro­ba­cias: pulam e sentam-se em seus ombros, entre outras mano­bras da téc­nica cir­cense que são incor­po­ra­das gra­da­ti­va­mente ao bal­let ( KIRSTEIN, 1984,p. 16)

Em cons­tante evolução:

O Pas de Deux ganha codi­fi­ca­ção pró­pria, acom­pa­nhando as demais evo­lu­ções téc­ni­cas e artís­ti­cas da dança, que se esta­be­lece como mani­fes­ta­ção inde­pen­dente e apta para expres­sa­ros anseios da soci­e­dade onde está inserida.

A neces­si­dade de repre­sen­tar, com inten­si­dade e plas­ti­ci­dade, uma gama cada vez maior de situ­a­ções, em argu­men­tos e con­tex­tos his­tó­ri­cos diver­sos, jus­ti­fica a busca cons­tante por novos­pas­sos e “mano­bras” os quais sur­gem expe­ri­men­tais, a par­tir de ten­ta­ti­vas e erros, e aca­bam incor­po­ra­dos defi­ni­ti­va­mente ao voca­bu­lá­rio do bal­let. Um sinal claro de evo­lu­ção, atu­a­li­za­ção e de adap­ta­bi­li­dade da técnica.

“Águas Priaveris” de AsafMesserer, com música de Rachimaninov é um pas de deux curto, com ênfase no vir­tu­o­sismo téc­nico, cheio de levan­ta­men­tos e lan­ça­men­tos de tirar o fôlego.
com Maria Bylova e Leonid Nikonov

O Pas de deux do bal­cão de “Romeu e Julieta” na ver­são de Kenneth MacMillan, com música de Prokofiev, é intenso e apai­xo­nado. Um “arre­ba­ta­mento” que só é pos­sí­vel pelo con­junto: do domí­nio da téc­nica, da expres­si­vi­dade artís­tica e da forte “quí­mica” entre os intérpretes.

Alessandra Ferri e Julio Bocca – American Ballet Theatre – parte do DVD– ABT Now– Variety and Virtuosity.(1998)

O pas de deux “Cruel World” de James Kudelka, é um grande desa­fio! Dramático, “arras­tado” e sofrido é repleto de car­re­ga­men­tos e “mani­pu­la­ções” inco­muns da bailarina.

Esta pos­tura aban­do­nada, quase des­mai­ada, que exige que a bai­la­rina deixe o tronco e a cabeça “sol­tos” e “fora do eixo” durante a maior parte do bal­let, difi­culta muito o “con­trole” durante a core­o­gra­fia. Executá-la com qua­li­dade téc­nica, sem abrir mão da expres­si­vi­dade dra­má­tica, é tarefa para poucas!

Julie Kent e Robert Hill– American Ballet Theatre – parte do DVD– ABT Now– Variety and Virtuosity.(1998)

Voltando para os temas comuns do roman­tismo, o pas de deux de “La son­nam­bula“, aqui na ver­são de George Balanchinede 1946, mos­tra uma situ­a­ção inu­si­tada e diver­tida: a bai­la­rina ( que dança com os olhos pra­ti­ca­mente fecha­dos) é con­du­zida e “mani­pu­lada” pelo bai­la­rino, que a faz girar, parar e cor­rer… Vale ver!!!
Alessandra Ferri e Mikhail Baryshnikov.

Maleável e fle­xí­vel por natu­reza, a dança (clás­sica) está em per­ma­nente evolução.

Fonte ines­go­tá­vel de novas solu­ções, é capaz de se rein­ven­tar e de se reor­ga­ni­zar em com­bi­na­ções ines­pe­ra­das e em novas pos­si­bi­li­da­des esté­ti­cas e expres­si­vas, sem abrir mão de seus prin­cí­pios básicos.

Os GRAND PAS DE DEUX serão o tema do pró­ximo post.
Uma fór­mula: (entrada+ adá­gio+vari­a­ção mas­cu­lina+ vari­a­ção femi­nina+ coda) que assu­miu inú­me­ras for­mas nos bal­lets cri­a­dos pelo grande coró­grafo fran­cês, radi­cado na Rússia MariusPetipa .

Fontes de con­sulta:
CAMINADA, Eliana. História da Dança: Evolução Cultural. Sprint, Rio de Janeiro, 1999.

FONTEYN, Margot. The Magic of Dance. Alfred A. Knopf. NY. 1979

JONAS, Gerald. Dancing: The Plasure, Power and Art of move­ment. Henry N. Abrams Inc., NY, 1992.

KIRSTEIN, Lincoln. Four Centuries of Ballet. Fifty Masterworks. Dover Publications, NY, 1984

KERNER, Mary. Barefoot to Balanchine. How to Watch Dance. Doubleday, NY,1990

PORTINARI, Maribel. História da Dança. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1989.

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Tânia Kury

Tânia Kury é publicitária, com especialização em comunicação e semiótica e fez ballet por muito anos. Adora garimpar fatos, fotos e histórias sobre ballet e história da Dança em livros raros, revistas especializadas, programas, vídeos, CDs e outras fontes que formam um rico acervo particular. Compartilha seus achados no blog Passo a Passo.

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