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Ensino & Aprendizado

Por entre coreografias e livros…

Posted on 15 de setembro de 20141 de julho de 2015 by Daney Bentin
15
set

8º Seminários de Dança de Joinville 2014

No mês de julho deste ano, como todos já sabem, acon­te­ceu o 32º Festival de Dança de Joinville, em Santa Catarina. O evento reu­niu mui­tas esco­las de dança de todo o País além de fãs e apre­ci­a­do­res da arte no Centreventos Cau Hansen. As noi­tes do fes­ti­val esta­vam belís­si­mas, reche­a­das de apre­sen­ta­ções de alta qua­li­dade téc­nica e artís­tica que fize­ram o público se deli­ciar ainda mais com a atmos­fera mágica que o evento pro­por­ci­ona. Entretanto, o que nem todos sabem é que, em con­co­mi­tân­cia com o fes­ti­val de dança, outro evento de igual impor­tân­cia acon­tece em Joinville nesta mesma época do ano: os Seminários de Dança de Joinville, no Teatro Juarez Machado (anexo ao Centreventos Cau Hansen), os quais reú­nem bai­la­ri­nos, coreó­gra­fos e pes­qui­sa­do­res que aliam a teo­ria e a prá­tica no campo da dança.

Em 2014, em sua 8ª edi­ção, o evento apre­sen­tou o tema Deixa a Rua me Levar reser­vando um espaço para refle­xão sobre os cami­nhos da dança em suas rela­ções com a rua. Ao con­trá­rio do que o título desta edi­ção suge­ria, não foram expos­tos tra­ba­lhos com temá­ti­cas exclu­si­vas das Danças Urbanas. Tivemos con­tato com ideias, pro­je­tos e prá­ti­cas den­tro das Danças Folclóricas, Danças Populares, Danças Contemporâneas e todas as mani­fes­ta­ções que bus­cam na rua um lugar pro­pí­cio à criação.

“No con­texto do Seminário, a rua não nomeia um gênero de dança, mas uma von­tade de inter­ro­gar os trân­si­tos da dança de con­tex­tos espe­cí­fi­cos à cena e vice-versa: da rua ao palco, do palco de volta à rua. O obje­tivo prin­ci­pal é ques­ti­o­nar a polí­tica de ence­na­ção da dança em meio ao con­texto for­ma­tivo que o semi­ná­rio enseja na pro­gra­ma­ção do fes­ti­val.” (Trecho extraído do texto de apre­sen­ta­ção do 8º Seminário de Dança na web­site do festival).

Com a coor­de­na­ção da Profª Drª Thereza Rocha, esta edi­ção dos semi­ná­rios con­tou com con­fe­rên­cias, con­ver­sas, espe­tá­cu­los, demons­tra­ções de pro­ces­sos, con­fe­rên­cias dan­ça­das, cor­te­jos, rodas de rua e apre­sen­ta­ções de tra­ba­lhos aca­dê­mi­cos. Em três dias de apre­sen­ta­ções, mui­tos nomes impor­tan­tes esti­ve­ram pre­sen­tes para con­tri­buí­rem e enri­que­ce­rem as dis­cus­sões acerca do tema.

O evento teve iní­cio com uma rica entre­vista com Nelson Triunfo e sua his­tó­ria e con­tri­bui­ções no campo da cul­tura Black em nosso País. As con­fe­rên­cias con­ta­ram com a pre­sença e a troca de expe­ri­ên­cias de Fátima Costa de Lima, falando sobre o corpo que dança nas esco­las de samba, e Pablo Assumpção, com um tema envol­vendo a arte, a vida e a mís­tica que se mani­fes­tam na rua.

As con­ver­sas de dança tive­ram impor­tan­tes pati­ci­pan­tes, como Alexandre Snoop, Eleonora Gabriel, José Clerton Martins, Gilberto Yoshinaga, Rafael Guarato e Thiago Amorim. Ainda tive­mos a apre­sen­ta­ção do espe­tá­culo MONO-BLOCOS e do espe­tá­culo GRAÇA.

Além das con­fe­rên­cias, das con­ver­sas de dan­ças e das apre­sen­ta­ções artís­ti­cas, uma das par­tes mais inte­res­san­tes do evento foram as apre­sen­ta­ções e dis­cus­sões de tra­ba­lhos aca­dê­mi­cos. As pro­du­ções de alu­nos de cur­sos de gra­du­a­ção e pós-graduação se tor­na­ram parte essen­cial e de grande rele­vân­cia no con­texto do evento. Divididos em apre­sen­ta­ções de pôs­ters e comu­ni­ca­ções orais, os tra­ba­lhos aca­dê­mi­cos con­tri­buí­ram para o sucesso dos semi­ná­rios, bem como para o desen­vol­vi­mento do campo teó­rico da dança em nosso País.

Este ano, eu tive a opor­tu­ni­dade e a ale­gria de apre­sen­tar uma de minhas pes­qui­sas na moda­li­dade comu­ni­ca­ção oral. Com o resumo expan­dido inti­tu­lado Desterritorialização e reter­ri­to­ri­a­li­za­ção da dança em seu espaço pri­meiro: a rua, pude desen­vol­ver duas ideias filo­só­fi­cas que me aju­dam, no âmbito sub­je­tivo de enten­di­mento das mani­fes­ta­ções dan­ça­das, a com­pre­en­der algu­mas ques­tões com as quais eu me deparo dia­ri­a­mente. Pensando a dança desde a anti­gui­dade, onde as mani­fes­ta­ções artís­ti­cas como um todo acon­te­ciam nos espa­ços aber­tos das cida­des, eu me questionei:

“A dança atu­al­mente neces­sita ‘inva­dir’ um espaço urbano que pos­si­vel­mente já lhe per­tence? As dife­ren­tes expres­sões core­o­grá­fi­cas neces­si­tam do lugar espe­cí­fico e ’iso­lado’ do palco para se desen­vol­ve­rem mesmo fazendo parte do coti­di­ano da cidade, da soci­e­dade? Quais são as pos­si­bi­li­da­des do campo da dança hoje?” (Trecho extraído do tra­ba­lho apre­sen­tado em 27/07/2014) .

A par­tir des­ses ques­ti­o­na­men­tos, desen­volvi duas ideias rele­van­tes para a dis­cus­são: a deter­ri­to­ri­a­li­za­ção e a reter­ri­to­ri­a­li­za­ção base­ada nas obras de Guilles Deleuze e Félix Guattari. Assim, resu­mi­da­mente, desen­volvi a seguinte hipótese:

“O espaço da dança, na atu­a­li­dade, se encon­tra em des­ter­ri­to­ri­a­li­za­ção e reter­ri­to­ri­a­li­za­ção cons­tante. O tea­tro não se con­fi­gura mais como seu ter­ri­tó­rio exclu­sivo. Na rua, a dança, uma vez des­ter­ri­to­ri­a­li­zada, encon­tra uma pos­si­bi­li­dade de reter­ri­to­ri­a­li­za­ção. Esse ter­ri­tó­rio urbano reter­ri­to­ri­a­li­zado, des­ter­ri­to­ri­a­liza o espaço cênico ins­ti­tu­ci­o­na­li­zado do palco, mas a dança, que para ele retorna, pro­move sua reter­ri­to­ri­a­li­za­ção. A dança, por sua vez, des­ter­ri­to­ri­a­li­zada pela dinâ­mica coti­di­ana e cul­tu­ral imposta pela lógica e razão capi­ta­lista, se reter­ri­to­ri­a­liza atra­vés do sen­tido, da emo­ção, do ges­tual e do movi­mento que pro­voca na soci­e­dade des­ter­ri­to­ri­a­li­zada pela imu­ta­bi­li­dade e nor­ma­ti­za­ção dos cor­pos desa­cos­tu­ma­dos a con­vi­ver com sua intensidade.

A rua é des­ter­ri­to­ri­a­li­zada e reter­ri­to­ri­a­li­zada pela dança, e vice versa, em um movi­mento cons­tante e recí­proco. Suas pos­si­bi­li­da­des são incal­cu­lá­veis. O palco neces­sita da dança; a rua ‘res­pira’ sons, ges­tos e movi­men­tos. O meio social e urbano demons­tra pos­suir uma carên­cia por expres­sões iné­di­tas que trans­bor­dem vida e inten­si­dade. Assim, ousa­mos dizer tam­bém que a dança des­ter­ri­to­ri­a­liza a moral e os valo­res cas­tra­do­res vigen­tes. Com isso, os movi­men­tos, as sen­sa­ções e o ritmo core­o­gra­fado reter­ri­to­ri­a­li­zam a vida.” (Trecho extraído do tra­ba­lho apre­sen­tado em 27/07/2014).

Foi um momento único. Poder falar sobre o que penso, ques­ti­ono e pes­quiso com outros pes­qui­sa­do­res que tam­bém se empe­nham em ampliar o campo teó­rico da dança em nosso País me deu mais moti­va­ção para con­ti­nuar nessa mili­tân­cia em defesa da dança, não somente como pro­fis­são ou entre­te­ni­mento, mas como expe­ri­ên­cia de vida afir­ma­tiva. Sou uma defen­sora incan­sá­vel da dança como cul­tura, como filo­so­fia de vida, como voca­ção. Tenho na dança fonte ines­go­tá­vel de ins­pi­ra­ção. Esse é um campo que muito me fas­cina e pelo qual me apai­xono cada vez mais!

“Não nos basta um palco, uma exclu­siva pla­teia, um espaço deli­mi­tado de um tea­tro. O pro­cesso cons­tante e con­co­mi­tante de des­ter­ri­to­ri­a­li­za­ção e reter­ri­to­ri­a­li­za­ção da dança vai além da arte de dan­çar. ambas as ver­ten­tes se encon­tram em nós mes­mos, bai­la­ri­nos, cida­dãos, seres huma­nos. Estamos influ­en­ci­a­dos pela des­ter­ri­to­ri­a­li­za­ção e reter­ri­to­ri­a­li­za­ção de nos­sos cor­pos por ges­tos, movi­men­tos e sen­sa­ções, repe­ti­dos e iné­di­tos. Exprimimos tudo atra­vés da dança fazendo da rua, do palco e dos nos­sos cor­pos, espa­ços de rela­ções polí­ti­cas, soci­ais e cul­tu­rais. A rua é o espaço por exce­lên­cia da dança, não o antigo, mas, sim, o novo espaço da rua antes des­ter­ri­to­ri­a­li­zado e agora reter­ri­to­ri­a­li­zado pela inten­si­dade da vida.”

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Daney Bentin

Bailarina, ensaiadora e pedagoga de ballet clássico, iniciou seus estudos com o mestre Fábio Matheus, de quem é assistente direta, na Escola de Dança Margareth Monteiro. Muito disciplinada e focada, logo se destacou trabalhando como ensaiadora da Faces Cia de Dança (RJ) entre 2010 e 2011, bailarina da Cia de Performances Contemporâneas Alteridades (RJ) entre 2007 e 2009, da Ícaro Cia de Dança (SP) em 2011 e 2012 e da Margareth Monteiro Cia de Dança (RJ) até hoje. Por amar esta arte, buscou um aprofundamento teórico na área. Mestranda em Memória Social do Programa de Pós-Graduação da UNIRIO, bolsista CAPES, pesquisa e produz escritos sobre o ballet clássico, o papel do bailarino e a vertente filosófica da dança nos dias de hoje, expondo seus trabalhos em importantes congressos da área como os Seminários de Dança do Festival de Dança de Joinville. Tendo o ballet clássico como combustível para sua vida busca sempre aliar sua arte aos seus estudos, pois dança com o corpo e as palavras...

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