Skip to content
  • Blog
  • Na mídia
  • Contato
Ana Botafogo MaisonAna Botafogo Maison
  • Entrar
  • Carrinho / R$0,00
    Carrinho

    Nenhum produto no carrinho.

    Retornar para a loja

  • Coleção Ana Botafogo
  • Bolsas AB
  • Roupas
    • Collants
    • Blusas e Vestidos
    • Calças e Macacões
    • Shorts
    • Saias
    • Linha de Aquecimento
    • Meia-Calça
    • Meias
    • Perneiras e Polainas
    • Infantojuvenil
  • Acessórios
    • Adereço de coque
    • Ballet Pins
    • Bonecas
    • Canecas e Garrafas
    • Chaveiros
    • Dedeira, Protetor e Espaçador
    • Necessaire
    • Ponteiras
    • Porta sapatilhas
    • Rede de coque
    • Sapatilha Autografada
    • Scrunchies
história da dança

A Fonte Bakhchisarai/ Bakhchisaray

Posted on 30 de março de 20151 de julho de 2015 by Ana Silverio
30
mar

“A Fonte Bakhchisarai” (lê-se “Bartissarai”) faz parte do iní­cio do gênero que domi­nou o bal­let sovié­tico no período Stalin (1930–1950): o “Choreodrama” ou “Dramballet”.

Ballet em 4 atos, pró­logo, 9 cenas e epí­logo. Coreografado por Rotislav Zakharov, com música de Boris Assafiev e Libretto de Nikolay Volkov. O Ballet estreou em 1934.
Na Criméia, região Ucraniana recém-anexada à Rússia, tem uma cidade cha­mada Bakhchisaray (lê-se Bartissarai), que quer dizer “jardim-palácio”, na lín­gua tártaro-criméia. Nessa cidade está loca­li­zado um palá­cio do século XVI que ser­via de resi­dên­cia para os Khans (Cãs) da Criméia. Nos jar­dins desse palá­cio existe uma fonte cha­mada “Fonte das lágrimas”.

Ao visi­tar o palá­cio, em 1820, o poeta Aleksandr Pushkin foi ins­pi­rado pela lenda de que a fonte era sím­bolo do luto do Khan Qirim Geray, que enco­men­dou a fonte em 1764, após a morte da sua amada “con­cu­bina” Dilyara. Em 1924, Pushkin publi­cou a his­tó­ria em poema “A Fonte Bakhchisaray”.

Pushkin no palácio Bakhchisaray _irmaos_ChernetsovyPintura dos irmãos Chernetsovy. “Pushikin no Palácio Bakhchisaray”, 1837.

Historia da cri­a­ção do Ballet

O com­po­si­tor Assafiev (1894–1965) e o crí­tico de tea­tro e libre­tista Nikolay Volkov foram impor­tan­tes ideó­lo­gos do gênero “Choreodrama”. Depois do sucesso da pri­meira par­ce­ria dos dois em “Chama de Paris” (1932), o tema esco­lhido foi o poema do grande poeta russo Pushkin. Sergey Radlov, então Diretor Artístico do Teatro Acadêmico de Ópera e Ballet de Leningrado (Kirov/Mariinsky) foi res­pon­sá­vel pela dire­ção do bal­let, e o seu aluno na escola téc­nica de ato­res, Rostislav Zakharov (1907–1984), o coreógrafo.

Uma das prin­ci­pais carac­te­rís­ti­cas e dife­ren­ças no “Choreodrama” é a impor­tân­cia do tra­ba­lho do dire­tor artís­tico, que cuida minu­ci­o­sa­mente do desen­vol­vi­mento da dra­ma­tur­gia, em cada dança, em cada gesto. O rea­lismo. Em geral, a dança só pela dança, com vários núme­ros que não movem o enredo e onde o corpo de baile par­ti­cipa mas­si­va­mente, como os gran­des “Divertissements” comuns nos bal­lets do Séc. 19, neste estilo pra­ti­ca­mente dei­xam de exis­tir. Choreodrama ou Dramballet sig­ni­fica: “dança dra­má­tica”. A lite­ra­tura é a maior fonte desse gênero.

“Nossa inten­ção é cons­truir um espe­tá­culo core­o­grá­fico como uma ação de dra­ma­tur­gia, onde cada dança car­rega em si sen­tido e move adi­ante o enredo.” (R.Zakharov)

Libretto:

Personagens:

O nobre Adam – Senhor feu­dal polonês

Maria – a sua filha

Vatslav – noivo de Maria

Girey – Khan da Criméia

Zarema – sua esposa favorita

Nurali – chefe dos guer­rei­ros tártaros

Prólogo

Isolado no palá­cio de Bakhchisaray, o Khan Geray (Girey) está cur­vado diante da fonte de már­more, cons­truída em memó­ria da “triste Maria”.

Ato 1:

Em um antigo cas­telo comemora-se o ani­ver­sá­rio de Maria, filha de um senhor feu­dal polo­nês cha­mado Adam.

A nobre Maria deixa os con­vi­da­dos e vai se encon­trar com o seu noivo Vatslav.

Da escu­ri­dão surge o espião da legião ini­miga do Khan Girey. Ele mal teve tempo de se escon­der nas plan­tas den­sas do par­que, como guar­das polo­ne­ses que o per­se­guem entram correndo.

Enquanto isso a festa con­ti­nua. Sob os sons de uma Polonaise de gala, os con­vi­da­dos aden­tram o par­que. A diver­são ter­mina com a entrada do chefe dos guar­das, que está ferido e avisa sobre a incur­são tár­tara. O nobre Adam con­vida os homens a pega­rem suas armas. As mulhe­res se escon­dem no cas­telo. Expondo as espa­das, os polo­ne­ses se pre­pa­ram para se defen­de­rem do ata­que dos inimigos.

Os tár­ta­ros ateiam fogo ao cas­telo e matam os defen­so­res do cas­telo. Sobrevivendo mila­gro­sa­mente, Maria e Vatslav cor­rem atra­vés das cha­mas do incên­dio e do caos da bata­lha san­grenta, mas o cami­nho deles é blo­que­ado pelo líder da inva­são – o Khan da Criméia Girey. Vatslav corre na dire­ção de Girey, mas cai no mesmo momento, atin­gido pelo punhal do Khan. O Khan arranca o xale de Maria e fica imó­vel, sur­pre­en­dido pela sua beleza.

Yana Selina (Maria) e Ernest Latypov (Vatslav)

Ato II

Harém do Khan Girey no palá­cio Bakhchisaray. Dentre mui­tas con­cu­bi­nas, está a esposa pre­di­leta de Girey, Zarema.

Ressoam os trom­pe­tes de guerra. O Harém se pre­para para recep­ci­o­nar o seu senhor.

Os tár­ta­ros retor­nam com rique­zas con­quis­ta­das e car­re­gam cui­da­do­sa­mente Maria.

Pensativo, Girey entra no Harém. Zarema tenta entre­ter o Khan sem sucesso, ele nem a percebe.

Mas no rosto de Girey a feli­ci­dade está expressa, e Zarema vê como uma ama guia a nova “cap­tura” pelo salão, a nobre polo­nesa. Zarema entende que per­deu o amor de Girey.

Em vão as con­cu­bi­nas ten­tam ani­mar o seu Senhor, Zarema tenta em vão con­se­guir o amor dele de volta. Colocando Zarema de lado, o Khan sai. Zarema fica em desespero.

Dança com os sinos de mão: Sofia Skoblikova-Ivanova. Zarema: Sofia Gumerova. Segunda Esposa de Girey: Yulia Kobzar.

Ato III

Um luxu­oso quarto. Protegida por uma velha ser­vi­çal, a bela pri­si­o­neira do Khan definha-se. Uma lira é a única recor­da­ção que Maria tem da vida ante­rior, da liber­dade e feli­ci­dade que se foi. Surge um mar de lem­bran­ças da terra natal e de Vatslav.

A che­gada de Girey inter­rompe a ima­gi­na­ção de Maria. Ele pede para a moça rece­ber o seu humilde amor e toda a riqueza que a ele per­tence. Mas Maria ape­nas sente medo e repulsa por Girey, que matou o seu amado, paren­tes e ami­gos. Ele sai de forma humilde.

De madru­gada, Zarema entra no quarto da nobre. Zarema faz for­tes con­fis­sões à Maria e exige que a nobre afaste de si Girey.

Maria não com­pre­ende a fala tem­pe­ra­men­tal de Zarema, que a assusta.

Zarema per­cebe o soli­déu de Girey, que ele esque­ceu ao visi­tar Maria. O que sig­ni­fica que Girey esteve lá.

Tomada pelo ciúme, Zarema corre para Maria com um punhal. Girey corre, mas é tarde, Zarema mata Maria.

Diálogo Zarema e Maria, assas­si­nato de Maria.

Yana Selina (Maria) e Sofia Gumerova (Zarema)

Ato IV

Pátio do palá­cio do Khan Girey. Todos se cur­vam diante do Khan em um ser­vi­lismo silen­ci­oso. Nada ale­gra e pre­o­cupa o Khan: nem o retorno dos tár­ta­ros após uma nova incur­são, nem lin­das moças recém capturadas.

Zarema é levada para o local da exe­cu­ção. Ao comando de Girey, ela é jogada no abismo.

O chefe dos guer­rei­ros de Girey, Nurali, tenta dis­trair o seu Senhor e afastá-lo de pen­sa­men­tos som­brios. Mas a dança dos guer­rei­ros não traz o esquecimento.

Momento da exe­cu­ção de Zarema e dança dos guer­rei­ros tártaros:

Epílogo

Girey está na “Fonte das Lágrimas”.

Um car­re­tel de lem­bran­ças res­sus­cita repe­ti­da­mente a ima­gem da bela Maria.

Video de 1953: “Estrelas do Ballet Russo”

Com Galina Ulanova (Maria) Maya Plisetskaya (Zarema), Petr Gusev (Girey), Iuri Jdanov (Vatslav) e Igor Belski (Nurali)

Fontes: Cyclowiki, Wikipedia, site do tea­tro Mariinski, Enciclopédia do Ballet.

Esse registro foi postado em história da dança. Adicione aos favoritos.
Avatar photo
Ana Silverio

Ana Silvério é professora, bailarina e coreógrafa. Formada em Coreografia, metodologia e Pedagogia em Dança pela Universidade Humanitária Sindical de São Petersburgo na Rússia, Ana foi premiada em festivais não apenas naquele país, como também no Brasil. Trabalhou em diferentes países da Europa e atuou como jurada em diversos Festivais Internacionais de Dança.

“Artist Challenge” e a viralização da dança nas redes sociais
O espaço e o corpo

Deixe um comentário Cancelar resposta

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

SOBRE
Criado em 2012, o blog I ♥ Ana Botafogo é um dos maiores blogs de dança do País e uma referência para bailarinos, pesquisadores e professores de dança. Boa leitura!
OLÁ, BALLET LOVERS!
A Ana Botafogo Maison pro­põe a dança como estilo de vida. Inves­timos em con­forto, beleza, easy care, moda e qua­li­dade. Aqui, vocês ficam por dentro dos nossos lançamentos, além de encontrar dicas e informações sobre o maravilhoso mundo da dança no blog I ♥ Ana Botafogo.
Assuntos mais curtidos
  • Fotografia
  • universo da dança
    • vida de bailarina
    • crônicas
  • nossa agenda
  • moda & beleza
    • tutoriais & dicas
  • saúde & bem estar
  • história da dança
  • Ensino & Aprendizado
    • ballet infantil
  • ballet adulto
CHEGA MAIS
Copyright 2023 © Ana Botafogo Maison. Todos os direitos reservados. Gerenciado pela
  • Coleção Ana Botafogo
  • Bolsas AB
  • Roupas
    • Collants
    • Blusas e Vestidos
    • Calças e Macacões
    • Shorts
    • Saias
    • Linha de Aquecimento
    • Meia-Calça
    • Meias
    • Perneiras e Polainas
    • Infantojuvenil
  • Acessórios
    • Adereço de coque
    • Ballet Pins
    • Bonecas
    • Canecas e Garrafas
    • Chaveiros
    • Dedeira, Protetor e Espaçador
    • Necessaire
    • Ponteiras
    • Porta sapatilhas
    • Rede de coque
    • Sapatilha Autografada
    • Scrunchies
  • Entrar
  • Blog
  • Na mídia
  • Contato