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história da dança

Série Grandes Nomes: Aldo Lotufo

Posted on 8 de junho de 201524 de junho de 2015 by Claudia Richer
08
jun

Um bailarino apaixonado. Ele foi o pri­meiro bai­la­rino bra­si­leiro a pro­ta­go­ni­zar a ver­são inte­gral de O Lago dos Cisnes (até então o Lago em qua­tro atos só tinha sido apre­sen­tado em Londres) ao lado de Bertha Rosanova, sua part­ner mais cons­tante, ambos diri­gi­dos por Eugênia Fedorova, em 1959. Aliás, Lotufo e Rosanova for­ma­ram o par per­feito e pode­riam per­fei­ta­mente ter sido com­pa­ra­dos a Margot Fonteyn e Rudolf Nureyev. “Era um artista que podia dan­çar todo o reper­tó­rio clás­sico, o que cos­tu­ma­mos cha­mar de dan­seur noble” afirma a grande mes­tra Tatiana Leskowa, sua amiga desde 1948, quando ele ainda fazia parte do Ballet da Juventude. Por esta e por tan­tas atu­a­ções bri­lhan­tes, Aldo Lotufo é um marco na his­tó­ria da dança clás­sica no Brasil, um talento insubstituível.

Filho de Francisco Lotufo (imi­grante ita­li­ano) e de Elvira (de ori­gem espa­nhola) nas­ceu em Cuiabá, Mato Grosso, em 16 de janeiro de 1925. O pri­meiro con­tato com o bal­let acon­te­ceu aos 12 anos, depois de assis­tir ao espe­tá­culo em uma escola da cidade, no qual uma de suas irmãs dan­çava o Minueto. A hora de cal­çar as sapa­ti­lhas, entre­tanto, ainda não tinha che­gado.
Aos 19, já no Rio de Janeiro, come­çou a estu­dar para ser arqui­teto, che­gando a se for­mar em 1949, pela Faculdade Nacional de Arquitetura. Mas nos dois últi­mos anos do curso fazia ver­da­dei­ros mala­ba­ris­mos para con­se­guir dar conta da arqui­te­tura e da dança, pois já per­ten­cia ao grupo Ballet da Juventude.
Em agosto de 1948 apresentou-se pela pri­meira vez em público, atu­ando em Rei Sol, core­o­gra­fia de Vaslav Veltchek em home­na­gem a Luís XIV. No iní­cio de 1950 pas­sou a fazer parte do Corpo de Baile do Teatro Municipal, estre­ando neste mesmo ano, no dia 12 de abril, em Noite de Valpurgis, último ato da ópera Fausto, de Gounod.
Mas foi Leónid Massine, coreó­grafo russo que mon­tou Les Presages com os pro­fis­si­o­nais do Theatro Municipal e com Yvette Chauvirè, estrela da Ópera de Paris, quem deter­mi­nou que Aldo Lotufo virasse pri­meiro bai­la­rino da companhia.

Durante trinta anos foi bai­la­rino e pro­fes­sor do Corpo de Baile. Dançou com várias gera­ções de estre­las da dança clás­sica, de Berta (1950), pas­sando por Eleonora Oliosi (1960) e Nora Esteves (1970). Mesmo depois de apo­sen­tado, con­ti­nu­ava dando aulas e fre­quen­tando assi­du­a­mente o Theatro. Ballet, ópera, con­certo.… lá estava ele, sem­pre na pri­meira fila. “O Municipal é a minha casa”, fazia ques­tão de repe­tir a todo instante.

Eliana, a grande par­ceira
“Tive a opor­tu­ni­dade de tra­ba­lhar com mais de uma gera­ção de bai­la­ri­nas, mas res­salto o fato de ter sido com Eliana Caminada que dan­cei em Mato Grosso, a con­vite da Secretaria de Educação e Cultura. Não foi por acaso que a con­vi­dei para um evento de tal impor­tân­cia: era a pri­meira vez que me apre­sen­tava na minha terra natal. Pesaram na minha deci­são não ape­nas sua capa­ci­dade como bai­la­rina e intér­prete, a cons­tante neces­si­dade de se apro­fun­dar em tudo o que se refere a sua esco­lha pro­fis­si­o­nal, mas tam­bém a pre­o­cu­pa­ção dela em res­ga­tar nos­sas tra­di­ções e a impor­tân­cia dos artis­tas que escre­ve­ram essa his­tó­ria”, decla­rou na época.

Aldo Lotufo e Eliana Caminada foram ami­gos desde sem­pre. Entre eles o afeto, a par­ce­ria e a cum­pli­ci­dade eram sóli­dos e abso­lu­ta­mente indes­tru­tí­veis. “Para os que nunca viram Aldo dan­çar, para os que jamais tra­ba­lha­ram a seu lado, posso afir­mar, que se tra­tava de uma figura mís­tica. Era belo, sem dúvida. Um grande part­ner, tam­bém. Sua vida foi o Theatro, casa da qual só se afas­tou fisi­ca­mente por um tempo, assim mesmo quando não reco­nhe­ceu, em deter­mi­nada admi­nis­tra­ção, alguma coisa vis­ce­ral, essen­cial, asso­ci­ada a “sua casa”. Tive a honra de dan­çar inú­me­ras vezes com ele, inclu­sive no último espe­tá­culo de sua longa vida de bai­la­rino, já com 56 anos, ainda com força para inter­pre­tar Les Sylphides e o pas-de-deux de D. Quixote. Mas a vida me ligou a Aldo, atra­vés tam­bém de sua ami­zade por Eric Valdo, meu marido. Sem pie­gui­ces, que não fazem parte da per­so­na­li­dade de nenhum dos dois, ambos sem­pre man­ti­ve­ram uma rela­ção fra­ter­nal, dura­doura, que pou­cos irmãos podem se gabar de usu­fruir. Sentiam uma con­fi­ança ina­ba­lá­vel um no outro, se res­pei­ta­vam e se conhe­ciam. Mais do que isso: Aldo foi um dos nos­sos padri­nhos de casa­mento. Obrigada por sua ami­zade, pelo des­pren­di­mento de con­ti­nuar dan­çando para me ensi­nar muito do que eu ainda não sabia, fez ques­tão de afir­mar Eliana Caminada no seu depoi­mento (pro­fun­da­mente emo­ci­o­nado) a uma revista espe­ci­a­li­zada em dança.
Lotufo gos­tava de viver no meio de qua­dros, livros, peças anti­gas, CDS, óperas, fre­quen­tar a feira de anti­gui­da­des da Praça XV, o Beco do Theatro e o Largo da Carioca, um mundo só dele que muito pou­cos tive­ram o pri­vi­lé­gio de conhe­cer. E que ele nunca aban­do­nou.
Seu jeito de ser tam­bém era extre­ma­mente pecu­liar. Poucos sabem, por exem­plo, da feli­ci­dade que sen­tiu ao lesi­o­nar o menisco, fato que final­mente lhe deu o tão dese­jado motivo para recu­sar o “posto” de pri­meiro solista do American Ballet Theater.
Aldo Lotufo “saiu defi­ni­ti­va­mente de cena” na madru­gada de uma quarta-feira de setem­bro de 2014, aos 89 anos, em fun­ção com­pli­ca­ções cau­sa­das por uma pneu­mo­nia. O bai­la­rino estava inter­nado há cerca de um mês no hos­pi­tal Casa de Portugal, no Rio Comprido. O corpo foi velado no salão Assyrius do Teatro Municipal e seguiu no dia seguinte para o Cemitério Nossa Senhora da Piedade, região cen­tral de Cuiabá.

Pesquisa: Revista Arte em Dança, outu­bro de 2008.

(Foto principal: Bertha Rosanova e Aldo Lotufo, 1959)

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Claudia Richer

Jornalista, adora escrever e diz que, sem nenhuma modéstia, lidar com as palavras é sua especialidade. São muitos anos nessa profissão e a história toda, mas toda mesmo é longa demais para ser contada em um parágrafo. Já foi diretora de revistas femininas, correspondente internacional (Paris) e no momento trabalha em uma assessoria de comunicação. Também fez faculdade de teatro (que é o grande combustível de sua vida) e ama dançar. "Amo mesmo, paixão à primeira vista, ops... ao primeiro grand pliè, melhor dizendo" - diz ela.

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