Ao fazermos aula de balé, ouvimos muitas frases clássicas dos professores, como “segura o abdômen”, “força nas costas”, “postura pra cima”, entre outras.
Mas, fazer esse tipo de coisa requer muito exercício, para que tudo isso se torne uma consequência natural da movimentação. Treinando o corpo adequadamente, o esperado é conseguir ter tudo isso da maneira mais automática possível, sem se preocupar, constantemente, em alcançar essa base. Dessa forma, ela se torna natural em você.
E como fazer isso? No nosso corpo, temos o famoso “CORE”. Já ouviu falar dele?
Confesso que ninguém nunca mencionou essa palavra em milhões de aulas que fiz na vida. Porém, ao iniciar a rotina de treinamento funcional com meu fisioterapeuta, entendi a existência e a importância do core para minha performance na dança.
O core (palavra em inglês que significa núcleo) é o nosso centro do corpo nos dando estabilidade, mobilidade e força, sendo um importante conjunto transmissor de forças nos movimentos humanos.
Nele, podemos encontrar os músculos abdominais, do quadril, pelvis, lombar e diafragma, todos responsáveis pelos movimentos mais naturais do ser humano: respirar, andar, correr e pular. Coincidentemente, também são os músculos usados exaustivamente por bailarinos.
Ou seja, mais uma vez, como já compartilhado com vocês no meu post sobre consciência da dinâmica nativa do corpo, os movimentos naturais fazem parte de nós e precisamos entendê-los e aprimorá-los para podermos dar um passo adiante na dança: redesenhá-los dentro dos movimentos antinaturais artísticos do balé clássico.
Ao trabalharmos ativamente o core, melhoramos o alinhamento do corpo, a transição de posturas, a estabilização da coluna e dos movimentos em cadeia aberta, a mobilidade dos quadris e ombros, a estabilidade dos joelhos, etc.
Dessa forma, a prática de exercícios dinâmicos com foco nesse nosso centro durante o treinamento e a preparação para a dança aprimora o equilíbrio e a sustentação corporal, através de maior controle e funcionamento mais eficiente do corpo. Assim, também diminuímos as chances de nos machucarmos.
Que tal, então, dar um pouco mais de atenção para o seu core na rotina? E não precisa ser fazendo pranchas intermináveis. Existem outras formas mais divertidas e dinâmicas para isso. Todo bailarino tem como objetivo melhorar o desempenho dos movimentos do balé e a performance. Estimule seu centro e veja como ele pode lhe ajudar nas aulas de balé.
Veja alguns exemplos de exercícios legais e dinâmicos!