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universo da dança

Quando dançam os corações apaixonados

Posted on 11 de novembro de 201428 de junho de 2015 by Claudia Richer
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Amor, amor, amor. Mil vezes amor.

Um sen­ti­mento. Apenas um. Mas com efeito devas­ta­dor. O mundo se trans­forma, vira deli­ci­o­sa­mente de cabeça para baixo, deixa a gente com gagueira, cara de boba, rindo do nada e para nada, faz a vida ganhar novas cores, o sol apa­re­cer em um céu cin­zento, dá von­tade de sair can­tando e dan­çando no meio da rua, ace­lera o cora­ção, as mãos suam, tre­mem, a emo­ção fica a ponto de trans­bor­dar e é jus­ta­mente assim que sobre­vive e sobre­vi­verá sempre.

Tema de auto­res, can­to­res, poe­tas, com­po­si­to­res, artis­tas, pin­to­res, escul­to­res e músi­cos que sem­pre can­ta­ram o amor nas mais diver­sas for­mas, por sua pró­pria natu­reza encan­tada, o bal­let clás­sico não pode­ria dei­xar tam­bém de cons­truir uma bela his­tó­ria amo­rosa ao longo dos sécu­los. Uma his­tó­ria inter­pre­tada às vezes por per­so­na­gens reais que leva­ram a emo­ção da dança para den­tro de seus pró­prios corações.

Para cele­brar o dia do amor e dos namo­ra­dos, aqui estão lin­das his­tó­rias vivi­das no palco e fora dele. Leiam, apro­vei­tem, vivam cada minuto, dei­xem a emo­ção falar mais alto. Assim como fize­ram Marcia Haydée e Richard Gragun, Marianela Nunez e Thiago Soares, Margot Fonteyn e Rudolf Nureyev, Leslie Browne e Mikhail Baryshnikov. Todos eles muito espe­ci­ais, talen­to­sos demais e per­di­da­mente apai­xo­na­dos. Não importa se na fic­ção ou na cha­mada vida real. Importante mesmo é que todos vive­ram com inten­si­dade a ple­ni­tude do amor. Se foram feli­zes para sem­pre nin­guém sabe. Mas que o sen­ti­mento foi infi­nito enquanto durou como sabi­a­mente dizia o poeta Vinícius de Moraes em um de seus sone­tos mais famo­sos, disso não temos dúvida.

FEITOS UM PARA O OUTRO

Em 1969, a bra­si­leira Marcia Haydée – que se tor­nou uma estrela inter­na­ci­o­nal desde cedo – durante a mon­ta­gem de Opus 1 com o Sttutgart Ballet, conhe­ceu Richard Gragun, bai­la­rino ame­ri­cano for­mado por tra­di­ci­o­nal escola inglesa, na época, de pas­sa­gem pela Alemanha.

E assim nas­ceu um lindo caso de amor que durou dezes­seis anos. Cragun (que che­gou a diri­gir o Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro) e Marcia pro­va­ram que foram fei­tos um para o outro. Dançaram jun­tos durante trinta e seis anos em per­for­man­ces ines­que­cí­veis, tais como Romeu& Julieta, Eugene Oneguim e A megera domada, espe­tá­cu­los que até hoje são refe­rên­cias de per­fei­ção e talento.

Cragun-Haydee

Considerada a “Maria Callas da dança”, em 1976 ela assu­miu a dire­ção do Sttutgart Ballet. Alguns anos depois, o casa­mento che­gou ao fim. Entretanto, mesmo sepa­ra­dos, ambos con­ti­nu­a­ram muito ami­gos. Ele criou uma Carabosse ines­que­cí­vel para a mon­ta­gem de A Bela Adormecida pro­du­zida por ela. Além disso, em 1990, quando o corpo de baile ale­mão ence­nou On Your Toes, Cragun pode rea­li­zar seu sonho de infân­cia inter­pre­tando núme­ros de sapateado.

“Se fiz uma car­reira da forma como acon­te­ceu, foi por ter estado tanto tempo ao lado dele. Richard – um dos melho­res bai­la­ri­nos do mundo, do nível de Nureyev – teve uma imensa impor­tân­cia artís­tica. Quando come­çou em Sttutgart, era coreó­grafo e empur­rou os bai­la­ri­nos para um pro­ta­go­nismo até então ine­xis­tente. Eles dei­xa­ram de ser meros coad­ju­van­tes das bai­la­ri­nas. Sempre fomos muito pró­xi­mos. Podia ligar para ele a qual­quer hora”, decla­rou Marcia Haydée em agosto de 2012, quando Cragun fale­ceu, vítima de pro­ble­mas res­pi­ra­tó­rios, em um hos­pi­tal no Rio de Janeiro.

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ERA UMA VEZ.…

Outro bra­si­leiro que levou o amor do palco para a vida foi Thiago Soares, pri­meiro bai­la­rino do Royal Ballet de Londres, que desde 2011 é casado com a argen­tina Marianela Nunez. Ter Marianela, que ocupa o mesmo posto que ele à frente do corpo de baile femi­nino, tão perto, é para ele “uma troca imensa em todos os sen­ti­dos”. “É mara­vi­lhoso saber que a mulher amada está ao nosso lado, aju­dando a cres­cer e divi­dindo a rotina”, diz Thiago.

E a tal rotina não é de brin­ca­deira. Thiago e Marianela tra­ba­lham dia­ri­a­mente de 9h à meia-noite. Em média são três espe­tá­cu­los por semana, o que exige mui­tas aulas e ensaios. Mas o casal faz ques­tão de se diver­tir dis­tante dos refle­to­res e das inter­mi­ná­veis horas de grands-jetés, fou­et­tés, ara­bes­ques e sou­ples­ses, fre­quen­tando gale­rias de arte e espe­tá­cu­los, mas sem­pre bus­cando tudo aquilo que possa ser­vir de ins­pi­ra­ção. Thiago con­fessa que leva as emo­ções para o palco. “Da sen­si­bi­li­dade à raiva. Gosto de usar todos os ele­men­tos do coti­di­ano na dança.”

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Thiago e Marianela come­ça­ram a namo­rar de repente, durante um espe­tá­culo de gala em Miami. Em um deter­mi­nado momento mágico, como acon­tece mesmo nos con­tos de fadas, olha­res se cru­za­ram mais demo­ra­da­mente e pronto, o mundo da dança ganhava mais um casal apai­xo­nado. O romance teve pedido ofi­cial ao tér­mino de A Bela Adormecida, espe­tá­culo pro­ta­go­ni­zado por ambos. Thiago sur­pre­en­deu Marianela com um anel, em cena aberta e na frente de um tea­tro lotado. É ou não uma his­tó­ria encantada?

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OS MELHOES DO MUNDO

Margot Fonteyn e Rudolf Nureyev – os mai­o­res, melho­res e mais famo­sos bai­la­ri­nos de todos os tem­pos — não expe­ri­men­ta­ram o amor fora de cena. Mas sem­pre foram tão per­fei­tos, dan­ça­vam em tama­nha sin­to­nia que pare­ciam mesmo um ines­que­cí­vel par român­tico em todos os sentidos.

Em 1931, Margot entrou para a escola do Sadler´s Wells e logo se des­ta­cou pelas excep­ci­o­nais qua­li­da­des líri­cas, dra­má­ti­cas e musi­cais, por pro­por­ções físi­cas per­fei­tas e – claro – por um talento indes­cri­tí­vel. Em 1935, com ape­nas dezes­seis anos, tornou-se a pri­meira bai­la­rina a dan­çar com Robert Helpmann. Em A Bela Adormecida (esse bal­let tem algum segredo, não é pos­sí­vel. Cupido deve ter pas­sado por lá em algum momento. É coin­ci­dên­cia demais!) Margot inter­pre­tou a prin­cesa Aurora, con­du­zindo o futuro Royal Ballet a uma pri­meira tem­po­rada arre­ba­ta­dora em Nova York.

FN in Romeo & Juliet

Em 1961, depois da visita da com­pa­nhia a Rússia, Fonteyn come­çou a dan­çar com o então exi­lado sovié­tico Rudolf Nureyev, vinte anos mais moço que ela, dife­rença que desa­pa­re­cia com­ple­ta­mente aos pri­mei­ros acor­des da orques­tra. Quando dan­ça­vam jun­tos, dava para sen­tir de longe a “ele­tri­ci­dade” que havia entre eles. Era um só corpo e uma só alma. E foram mui­tas, mui­tas vezes que deram este imenso pri­vi­lé­gio ao público. Romeu & Julieta, O Lado dos Cisnes, Giselle… todos os gran­des clás­si­cos pas­sa­ram por aque­les pés capa­zes de tudo, até de voar. Eram vis­tos como o casal mais per­feito e exci­tante de que já se teve notí­cia no mundo. Foram ido­la­tra­dos, ova­ci­o­na­dos e reve­ren­ci­a­dos por todos, até ela se apo­sen­tar em 1979.

Aos que che­ga­ram a levan­tar a pos­si­bi­li­dade de um ver­da­deiro caso de amor entre eles, Margot fazia ques­tão de dizer “Romances são ótimos. Mas minha pai­xão está na dança que repre­senta tudo para mim: pas­sado, pre­sente e futuro. Como se fosse uma religião!”.

Antes de mor­rer, em 1991, Margot Fonteyn foi home­na­ge­ada, junto com Rudy, como a grande dama do bal­let do século XX. Em seis de janeiro de 1993, Rudolf Nureyev, tam­bém mor­ria em Paris, aos 54 anos, de com­pli­ca­ções car­día­cas cau­sa­das pela AIDS.

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UM MOMENTO QUE FICOU PARA SEMPRE

No filme The tur­ning point (Momento de Decisão), eles for­ma­ram um deli­ci­oso par român­tico. Mikhail Baryshnikov (Yuri) e Leslie Browne (Emília) vive­ram um con­tur­bado caso de amor, dan­ça­ram divi­na­mente, apai­xo­na­da­mente e entra­ram para a his­tó­ria do cinema com seus per­so­na­gens que fala­ram dire­ta­mente ao cora­ção de milha­res de espec­ta­do­res arre­ba­ta­dos pela beleza do filme que mere­ceu várias indi­ca­ções ao Oscar de 1977.

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Nascido em Latvian, Rússia, Baryshnikov come­çou a car­reira aos 15 anos e logo virou solista do Kirov Ballet, de Leningrado. Durante a tour­née do grupo no Canadá, ele fugiu, rea­pa­re­cendo depois nos Estados Unidos soli­ci­tando asilo polí­tico. Foi pri­meiro bai­la­rino e dire­tor do American Ballet, mudando depois para o George Balanchine’s New York City Ballet. The tur­ning point marca seu pri­meiro grande sucesso no cinema. Hollywood, aliás, nunca foi um pro­blema para ele que assu­miu com a maior tran­qui­li­dade o estilo de vida ame­ri­cano. Baryshnikov – um dos três mai­o­res nomes da dança ao lado de Nijinski e Nureyev – con­ti­nua a dan­çar e a core­o­gra­far, ape­sar de pro­ble­mas nas arti­cu­la­ções. E podem estar cer­tos que ainda impres­si­ona – e muito — pelo talento insuperável.

Na época, o papel da jovem inter­pre­tada por Leslie foi ofe­re­cido a Gelsey Kirkiland, então namo­rada de Misha, que aca­bou recu­sando, ati­tude que ren­deu a Leslie, então bai­la­rina con­tra­tada do ABT, a chance de expan­dir as fron­tei­ras da sua arte.

.….….….….….….….….….….….….….

Ah… se por acaso você esti­ver sem namo­rado, nada de tris­teza, cara feia ou desâ­nimo. Chute tudo isso para o alto e siga adi­ante. Afinal o amor não “marca hora nem lugar”.  E pode estar agora mesmo per­ti­nho de você, ali, bem ao lado.

Basta olhar para ver. Mas tem que olhar com o coração.

Sejam todas muito felizes!

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Claudia Richer

Jornalista, adora escrever e diz que, sem nenhuma modéstia, lidar com as palavras é sua especialidade. São muitos anos nessa profissão e a história toda, mas toda mesmo é longa demais para ser contada em um parágrafo. Já foi diretora de revistas femininas, correspondente internacional (Paris) e no momento trabalha em uma assessoria de comunicação. Também fez faculdade de teatro (que é o grande combustível de sua vida) e ama dançar. "Amo mesmo, paixão à primeira vista, ops... ao primeiro grand pliè, melhor dizendo" - diz ela.

Paixão e frustração no balé
Série Grandes Nomes – DENNIS GRAY

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